Bioética, violência e desigualdade: as biociências e a constituição do biopoder

Autores

  • Hélder Boska de Moraes Sarmento UFSC - Florianópolis - SC

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1414-49802008000200010

Resumo

A sociedade contemporânea está atravessada por contradições e paradoxos, dentre os quais vale destacar a relação entre a alta tecnologia e, a pior situação humana, a miséria. Resultado das escolhas éticas e políticas desta era tecnológica, vive-se em situações de fronteira, nas quais as biociências desempenham papel central, tanto no volume de conhecimentos gerados, como na utilização de seus resultados, que, sem controle social, ampliam desigualdades. O objetivo deste artigo é demonstrar o quanto as biociências articulam-se com o desenvolvimento científico dos países inovadores de tecnologia, criando uma nova relação de poder, violento e desigual para os que apenas a consomem, denominado de biopoder. Daí a necessidade de uma bioética crítica capaz de empreender reflexões sobre os procedimentos técnicos, os fundamentos da atividade científica, sua aplicabilidade e relação com o mercado, oportunizando uma ‘ponte’ na tomada de decisões para que a própria ciência não se torne um obstáculo à democracia.

Biografia do Autor

Hélder Boska de Moraes Sarmento, UFSC - Florianópolis - SC

Possui graduação em Serviço Social pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Curitiba (1986), mestrado em Serviço Social pela PUCSP (1994), cursou mestrado em Filosofia pela PUCC (1995) e doutorado em Serviço Social pela PUCSP (2000). Atualmente é professor adjunto da UFSC e licenciado da UFPA. Tem experiência profissional como assistente social nas áreas de pesquisa e planejamento urbano; assistência social; infância e adolescência; organizações sociais e movimentos sociais.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2008-01-01