Trabalhadores de rua: tensões e resistências na luta pelo direito ao trabalho

Autores

  • Aurineida Maria Cunha UECE - Fortaleza - CE

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar os processos de redefinição dos espaços públicos tomando como referência a lógica de apropriação destes espaços pelos trabalhadores de rua de Fortaleza como contra-uso, sobretudo a partir das tensões que se erguem das diferentes possibilidades de uso e dos sentidos atribuídos pelos moradores, trabalhadores, comerciantes e frequentadores do Centro Histórico da cidade. Buscou-se contextualizar a intervenção da Prefeitura Municipal de Fortaleza e a luta política dos trabalhadores cadastrados e não-cadastrados para assegurarem seu trabalho e, consequentemente, sua sobrevivência. Os resultados da pesquisa indicaram que sobreviver na rua subverte as leis e os padrões formais do mercado na sociedade capitalista alicerçada no trabalho assalariado. Uma conclusão importante é que os trabalhadores de rua ao se apropriarem dos espaços públicos, alteram os usos esperados com um contra-uso que é estabelecido por disputas/tensões/resistências pelo direito ao trabalho.

Biografia do Autor

Aurineida Maria Cunha, UECE - Fortaleza - CE

Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará (1989) e mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (1997). Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco (2007) Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual do Ceará. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Política Habitacional, atuando principalmente nos seguintes temas: moradia, direito, cidade e espaço público.

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Publicado

2009-01-01