Desinstitucionalização Psiquiátrica no Brasil: riscos de desresponsabilização do Estado?

Autores

  • Ellayne Karoline Bezerra da Silva Universidade Federal do Piauí - UFPI
  • Lúcia Cristina dos Santos Rosa Universidade Federal do Piauí - UFPI

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

O artigo analisa o processo de desinstitucionalização resultante do movimento de Reforma Psiquiátrica, discutindo, em especial, o lugar destinado pelas famílias das pessoas com transtornos mentais (PCTM), a partir das alterações nas funções do Estado neste processo. Baseia-se em revisão bibliográfica. No que concerne à trajetória histórica da família brasileira e, mais especificamente, da família no contexto da saúde mental, que deslocam os papéis e lugares dos diferentes grupos familiares na direção do processo de

inserção comunitária das PCTM, constatou-se que não basta fechar os manicômios ou reduzir o número de leitos psiquiátricos, se antes não forem modificados os significados desses aparatos nos cernes familiar, comunitário e social. Para que a Reforma Psiquiátrica se efetive, a família tem que ser vista como agente fundamental de transformações da percepção de loucura, bem como ser incluída de forma responsável no processo de cuidado, recebendo suporte e partilhando atribuições juntamente com o Estado e a comunidade.

Biografia do Autor

Ellayne Karoline Bezerra da Silva, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Assistente Social e mestranda em Politicas Públicas na Universidade Federal do Piauí.

Lúcia Cristina dos Santos Rosa, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Assistente Social . Mestre em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco. Doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco. Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós- doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Docente do Departamento de Serviço Social na Universidade Federal do Piauí.

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Publicado

2014-11-28