Sujeitos fraturados em Um judeu na minha cama, de Lília Silva
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92901Palabras clave:
Literatura brasileira contemporânea, Fraturas, Existência, DramaturgiaResumen
O presente artigo analisa os conflitos existenciais, que se estudam como “fraturas” dos personagens, Luana e Gad, a partir da obra dramatúrgica Um judeu na minha cama, da escritora contemporânea Lília Silva, publicado em 1976. O termo abordado nesse artigo por “sujeitos fraturados”, advém das teorias de Luiz Costa Lima (2000), o sujeito fraturado se constitui por sua por suas fendas e inquietudes. Não é um ser pronto, mas mutável como parte imprescindível da alteridade. Os protagonistas, Luana e Gad, vivenciam as fraturas e as expõe, uma tentativa de entender a condição existencial de cada um e fugir da infelicidade. Partindo dos estudos psicanalíticos e filosóficos aliados à literatura, o dualismo apresentado pela obra, revela dois conflitos antagônicos e preponderantes em sua teoria: o primeiro diz respeito à busca cega e solitária do homem pela felicidade, como forma de autoafirmação da vontade. O segundo se opõe a este, pois se refere ao destino que impõe o sofrimento aos indivíduos, o que é um dos princípios da autonegação da vontade de viver.
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