Subsídios para a compreensão da cultura político-eleitoral da democracia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xResumo
A democracia eleitoral contemporânea brasileira enfrenta um dilema que pode ser definido nos seguintes termos: uma democracia representativa formal eficiente coexiste com graves problemas sociais. Essa convivência tem gerado um tipo de hibridismo da cultura política, propiciando a manutenção de velhas práticas políticas em épocas eleitorais, como: o clientelismo, o nepotismo e o patrimonialismo. Além desses fatores, a democracia eleitoral privilegia a pessoa do candidato, em detrimento das instituições políticas como catalisadores de identidades coletivas. Neste trabalho, examinamos as conseqüências desses fatores no processo de construção democrática. Para explicar esse dilema, recorremos a dados empíricos longitudinais de pesquisas de cultura política realizadas no Rio Grande do Sul, visando provocar algumas generalizações para o Brasil. Os dados examinados sugerem que o desafio dos cientistas políticos é estabelecer um equilíbrio entre democracia formal e democracia social. Tal esforço auxiliaria a criar uma cultura político-eleitoral mais cívica e que estimule a participação ativa dos cidadãos.Downloads
Publicado
2007-07-01
Edição
Seção
Dossiê Temático
Licença
Os artigos e demais trabalhos publicados em Política & Sociedade, periódico vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSC, passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.