Subsídios para a compreensão da cultura político-eleitoral da democracia brasileira

Autores

  • Marcello Baquero Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

A democracia eleitoral contemporânea brasileira enfrenta um dilema que pode ser definido nos seguintes termos: uma democracia representativa formal eficiente coexiste com graves problemas sociais. Essa convivência tem gerado um tipo de hibridismo da cultura política, propiciando a manutenção de velhas práticas políticas em épocas eleitorais, como: o clientelismo, o nepotismo e o patrimonialismo. Além desses fatores, a democracia eleitoral privilegia a pessoa do candidato, em detrimento das instituições políticas como catalisadores de identidades coletivas. Neste trabalho, examinamos as conseqüências desses fatores no processo de construção democrática. Para explicar esse dilema, recorremos a dados empíricos longitudinais de pesquisas de cultura política realizadas no Rio Grande do Sul, visando provocar algumas generalizações para o Brasil. Os dados examinados sugerem que o desafio dos cientistas políticos é estabelecer um equilíbrio entre democracia formal e democracia social. Tal esforço auxiliaria a criar uma cultura político-eleitoral mais cívica e que estimule a participação ativa dos cidadãos.

Biografia do Autor

Marcello Baquero, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Doutor em Ciência Política pela Florida State University. Endereço eletrônico: baquero@cresce.net.

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Publicado

2007-07-01

Edição

Seção

Dossiê Temático