Artigo: Chuvas no Brasil: representações e práticas sociais

Autores

  • Norma Felicidade Lopes da Silva Valencio Universidade Federal de São Carlos
  • Victor Marchezini Universidade Federal de São Carlos
  • Mariana Siena Universidade Federal de São Carlos
  • Guilherme Cristofani Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

O tema dos riscos tem sido valorizado nas Ciências Sociais em razão dos efeitos indesejáveis da produção social da modernidade. Uma das abordagens é a que considera que os riscos existem numa realidade objetiva, porém, que a forma como são definidos e as estratégias que se adotam perante eles podem ser variáveis. Diante disso, este artigo objetiva analisar os desastres relacionados às chuvas no Brasil, considerando aspectos socioculturais da população afetada. Diante das chuvas e do risco de inundações, a população afetada tem dificuldade de comunicar suas experiências aos peritos e aos gestores de emergência, que, por sua vez, agem burocraticamente na avaliação da vulnerabilidade e são pouco propensos a aceitar a forma comunitária de identificar riscos e propor medidas de proteção. Considerando tal contexto, este trabalho focaliza alguns fundamentos sociológicos de pontos de vista, e de crenças sobre perigos e riscos que produzem as condições de uma população enfrentar os danos na atualidade através da análise do caso do município de São Carlos (SP), Brasil.

Biografia do Autor

Norma Felicidade Lopes da Silva Valencio, Universidade Federal de São Carlos

Possui graduação em Ciencias Economicas pela PUCCampinas (1985), mestrado em Educação pela UNICAMP(1988) e doutorado em Ciências Sociais pela UNICAMP(1993). Atualmente, é colaborador(docência e orientação M e D) da USP-São Carlos (PPG em Ciëncias da Eng Ambiental/EESC) e profa assoc. da área de sociologia da UFSCar, onde coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres, leciona e orienta no PPG em Agroecologia e Desenvolvimento Rural (M) e no PPG em Sociologia (M e D). A ênfase atual de pesquisa é em Sociologia dos Desastres, nos seguintes temas: a) conflitos e insuficiências político-institucionais na prevenção, preparação, resposta e recuperação frente a desastres no meio urbano e rural, em especial, envolvendo chuvas e colapso de barragens; b) vulnerabilidade aos eventos extremos relacionados às Mudanças Climáticas no Brasil (considerando os recortes de classe, etário, de gênero, religioso, de pessoas com deficiência e populações tradicionais, em especial, pescadores artesanais; c) formulação e implementação de Planos de Ação Nacional para Adaptação às Mudanças Climáticas em países da África Ocidental e Central.

Victor Marchezini, Universidade Federal de São Carlos

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (PPGS/UFSCar). É integrante do Grupo de Pesquisa "Sociedade e Recursos Hídricos" e pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (NEPED/UFSCar). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia dos Desastres, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestão de Riscos e Desastres, Mudanças Climáticas, Defesa Civil.

Mariana Siena, Universidade Federal de São Carlos

Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia do Desastre, atuando principalmente nos seguintes temas: cidadania, sociologia ambiental, vulnerabilidade, sociologia do desastre e risco.

Guilherme Cristofani, Universidade Federal de São Carlos

Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Outras Sociologias Específicas, principalmente a discussão acerca das identidades sociais, da normalidade/desvio e controle social.

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Publicado

2005-01-01

Edição

Seção

Dossiê Temático