O PT sob uma perspectiva sartoriana: de partido anti-sistema a legitimador do sistema

Autores

  • Pedro José Floriano Ribeiro niversidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Em uma perspectiva sartoriana, procuramos neste artigo caracterizar o Partido dos Trabalhadores como um partido anti-sistema, através da análise de três ações partidárias cujo fito era causar impactos simbólicos deslegitimadores sobre o sistema político brasileiro. Lançando mão do modelo teórico de Panebianco, buscamos compreender como o PT processou as alterações institucionais que o fariam abandonar gradativamente este caráter antisistêmico, tornando viáveis seu progressivo afastamento da posição de confinamento à esquerda a que estivera submetido desde a fundação e, conseqüentemente, a aproximação em relação às forças políticas de centrodireita que se verificaria na campanha presidencial de 2002. Esta migração rumo ao centro do espectro político nacional constituiu o que neste trabalho intitulamos de variável de deslocamento, determinante para a conquista da Presidência da República pelo partido em 2002.

Biografia do Autor

Pedro José Floriano Ribeiro, niversidade Federal de São Carlos

Possui graduação em Administração pela Universidade de São Paulo (2001) e mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (2004 - bolsista CAPES). Atualmente é doutorando em Ciência Política na Universidade Federal de São Carlos (bolsa CNPq), com período de doutorado-sanduíche na Universidade de Salamanca / Instituto de Estudos de Iberoamérica e Portugal (bolsa PDEE-CAPES). Na UFSCar, participa do Grupo de Pesquisa "Comunicação Política, Partidos e Eleições" (CNPq), atuando na linha de pesquisa "Partidos e Eleições". Realiza suas investigações nas áreas de Partidos Políticos e Estudos Eleitorais. Palavras-chave: organizações partidárias, Partido dos Trabalhadores, estudos eleitorais, estudos legislativos.

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Publicado

2003-01-01

Edição

Seção

Artigo