Do preservacionismo ao desenvolvimento territorial sustentável
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7984.2009v8n14p27Resumo
Desde o final dos anos sessenta, a eclosão de uma problemática planetária relacionada ao reconhecimento de “limites ecológicos do crescimento material” tem mobilizado uma atenção crescente das comunidades científicas e da opinião pública. O conceito sistêmico de ecodesenvolvimento emergiu nesse contexto e disseminou-se gradativamente como expressão de uma crítica radical da ideologia economicista subjacente à suposta “civilização” industrial-tecnológica. No decorrer das décadas de 1980 e 1990, a proliferação de estudos de caso sobre as experiências de desenvolvimento local e desenvolvimento territorial em diferentes contextos nacionais têm contribuído para o aprofundamento das noções (sistêmicas) de endogeneidade, descentralização, self reliance, autonomia local e sistemas produtivos locais integrados, que sempre foram consideradas como alicerces da posição ecodesenvolvimentista. Sob o pano de fundo das incertezas, coações e oportunidades impostas pela globalização assimétrica, uma atenção especial passou a ser creditada à análise de respostas inovadoras e sinérgicas – em termos de reorganização socioeconômica, sociocultural e político-institucional – gestadas nesses espaços. Não obstante, e de forma um tanto paradoxal, na maior parte dos trabalhos afinados com o enfoque territorial pouca atenção tem sido concedida até agora ao tratamento dos imensos desafios suscitados pela eclosão da crise socioambiental e à recuperação da vasta literatura acumulada versando sobre o nexo ambiente & desenvolvimento. O artigo oferece subsídios exploratórios voltados para a superação dessa lacuna, avaliando ao mesmo tempo a pertinência e as condições gerais de viabilidade do enfoque de desenvolvimento territorial sustentável no atual estágio de evolução da agenda ambiental brasileira.
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