Território, desenvolvimento endógeno e capital social em Putnam e Bourdieu.
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7984.2013v12n24p35Resumo
O estudo do desenvolvimento não deve se restringir a um único campo teórico. Estudos recentes sugerem a interação entre economia, história, sociologia e outras ciências humanas e sociais na perspectiva do território como construção social, apoiada na cooperação e reciprocidade, ainda que de natureza conflituosa. Muitas dessas perspectivas partem do princípio de que a construção de um território requer a existência de “capital social” elevado que possibilite um ambiente favorável ao engajamento visando ao desenvolvimento. Em Putnam, por exemplo, o capital social é um aspecto essencial para a apreensão do caráter endógeno do desenvolvimento. Crítico dessa perspectiva, Bourdieu, por sua vez, ressalta a necessidade de se introduzirem aspectos simbólicos para a compreensão do desenvolvimento como construção coletiva dos agentes locais. Apesar de certa proximidade entre suas formulações, sobretudo no tratamento teórico-interpretativo do capital social no que se refere à sua extensão, as divergências entre esses autores não são desprezíveis. Interpretações interdisciplinares, mesclando elementos simbólicos, culturais e econômicos são destacadas na análise de Bourdieu como elemento facilitador de diálogos envolvendo pensamentos e escolas diversificados, mas com profunda visão de interconexão.
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