Entre a economia e a crítica feminista da “racionalidade”: um esboço dos cursos de economia doméstica no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7984.2016v15n33p254Resumo
Partindo da perspectiva da sociologia econômica, que considera a economia resultado de construções sociais moldadas por princípios ético-religiosos, morais e culturais, este artigo pretende esboçar um retrato do surgimento das escolas, dos cursos superiores e dos manuais de economia doméstica no Brasil e de sua decadência, correlacionando-os com as ondas do movimento feminista. Em especial, destacaremos o crescente campo de estudos sobre a crítica feminista da economia. Esta desponta como crítica direta à economia mainstream, que pretende desconstruir a ideia do homo oeconomicus da teoria neoclássica. Deste modo, a pesquisa busca ilustrar que, ao longo da produção do conhecimento de tais cursos, ocorreu um ofuscamento das atividades econômicas que envolvem o ambiente doméstico e a intimidade, “simbolicamente” naturalizando a atribuição das ações racionais aos homens.
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