A modernidade: uma nova (era) cultura axial?

Autores

  • Wolfgang Schluchter Universidade de Heidelberg

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7984.2017v16n36p20

Resumo

A proposição de uma era axial, durando aproximadamente entre 800 e 200 a.C. e ocorrendo nas principais civilizações do mundo antigo (China, Índia e Oriente Próximo), independentes umas das outras, foi primeiramente introduzida por Alfred Weber e Karl Jaspers.  Posteriormente ela foi desenvolvida por Robert Bellah e Shmuel Eisenstadt, entre outros, e procurava entender desde o início se teria havido uma segunda era axial que nos conduziu à modernidade e, em caso afirmativo, se ela consiste em uma secularização das conquistas da primeira era axial. Neste artigo argumenta-se que a noção de segunda era axial é significativa, mas que a emergência da modernidade não pode ser explicada em termos de secularização das realizações da primeira era axial. Ao invés, institucionalizou-se um novo princípio axial que separa o mundo moderno do pré-moderno. Esse novo princípio é enunciado com referência a Hans Blumenberg, Charles Taylor e, sobretudo, Max Weber. A ênfase encontra-se na dialética do desencantamento e no lugar da religião em uma era secular.

Biografia do Autor

Wolfgang Schluchter, Universidade de Heidelberg

Doutor em Sociologia pela Universidade Livre de Berlim, com livre docência na Universidade de Mannheim. É
professor emérito do Instituto Max Weber de Sociologia da Universidade de Heidelberg.

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Publicado

2017-10-17

Edição

Seção

Dossiê Temático