What promotes political participation? a case study with prostitutes from guaicurus

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7984.2021.e65120

Abstract

Prostitutes are among the most vulnerable women in society and, in Brazil, they are mostly black
women with low education. Because of this profile, studies about political behavior would predict
that this social group would be less politically active. However, prostitutes’ organizations have
grown and expanded all over Brazil. What has promoted the engagement of these women? The
article explores this question through a case study about the political participation of the women
of the Guaicurus Street, located in Belo Horizonte and one of the biggest areas of prostitution of
the Brazil, with special attention to the Association of Prostitutes of Minas Gerais (APROSMIG).
I argue that the participation of prostitutes is explained by the interaction between four factors:
collective identity, networks, retributions, and participatory institutions’ designs. I also argue these
factors constitute three phases of political participation: initiation, maintenance, and expansion.

Author Biography

Juliana Góes, University of Massachusetts - Amherst

Doutoranda em Sociologia na Universidade de Massachusetts - UMass Amherst. Mestre em Ciência Política na Universidade Federal de Minas Gerais. Graduada em Ciência Política pela Universidade de Brasília. Atualmente pesquisa movimentos sociais, raça e gênero e é candidata ao certificado de Africana Studies pelo W.E.B. Du Bois Department of Afro-American Studies (UMass Amherst). Já integrou o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial e o Comitê de Acompanhamento da Plano Nacional de Política para as Mulheres (PNPM), pelo Ministério das Comunicações. Participou, também, do Projeto Democracia Participativa - PRODEP (UFMG) e do Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades - Demodê (UNB).

References

ABERS, R. Inventing local democracy: grassroots politics in Brazil. United States: Lynne Rienner Publishers, 2000.

ALONSO, A. As teorias dos movimentos sociais: um balanço do debate. Lua Nova, São Paulo, n. 76, p. 49-86, 2009.

APROSMIG. Cartilha “Prostitutas contra a violência.” Belo Horizonte, 2017.

AVELAR, L. Participação política. In: AVELAR, L.; CINTRA, A. (org.). O Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro: Unesp, 2007.

AVRITZER, L. A participação em São Paulo. São Paulo: Unesp, 2004.

AVRITZER, L. Instituições participativas e desenho institucional: algumas considerações sobre a variação da participação no Brasil democrático. Opinião Públlica, v. 14, n. 1, p. 43-64, 2008.

AVRITZER, L. Conferências Nacionais: ampliando e redefinindo os padrões de participação social no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, 2012.

BARRETO, L. Prostituição, gênero e sexualidade: hierarquias sociais e enframentos no contexto de Belo Horizonte. Belo Horizonte. Dissertação (Mestrado em Psicologia). UFMG, 2008.

BARRETO, L. Somos sujeitas políticas de nossa própria história: prostituição e feminismos em Belo Horizonte. Florianópolis. Tese (Doutorado na Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas). UFSC, 2015.

BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Orçamento Participativo de Belo Horizonte - 15 anos. Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2008.

BENFORD, R.; SNOW, D. Framing processes and social movements: An overview and assessment. Annual review of sociology, v. 26, n. 1, p. 611-639, 2000.

BLUMER, H. Symbolic Interactionism: Perspective and Method. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1969.

COHEN, J. Strategy or Identity: New Theoretical Paradigms and Contemporary Social Movements. Social Research, v. 52, n. 4, p. 663–716, 1985.

COLLINS, P. H. Black feminist thought: Knowledge, consciousness, and the politics of empowerment. New York: Routledge, 2002.

CUNHA, E. S. Conferências de políticas públicas e inclusão participativa. Rio de Janeiro: IPEA, 2012.

DIANI, M. Networks and participation. In: SNOW, D.; SOULE, S.; KRIESI, H. (orgs.). The Blackwell companion to social movements. Oxford: Blackwell Publishin, 2004.

EMIRBAYER, M. Manifiesto en pro de una sociología relacional. Revista CS en Ciencias Sociales, n. 4, p. 285-329, 2009 [1997].

EMIRBAYER, M.; MISCHE, A. (1998). What Is Agency?. The American Journal of Sociology, v. 103, n. 4, p. 962–1023, 1998.

FILLIEULE, O. Propuestas para un análises procesual del compromiso individual. Intersticios: Revista Sociológica de Pensamiento Crítico, v. 9, n. 2, p. 197-212, 2015.

FONSECA, Marcelo da. Campanha segue em ritmo acelerado em Belo Horizonte. Estado de Minas, 19 ago. 2016. Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2016/08/19/interna_politica,795378/campanha-em-ritmo-acelerado.shtml. Acesso em: 17 jan. 2017.

FUNG, A.; WRIGHT, E. Deepening Democracy: Institutional Innovations in Empowered Participatory Governance. Politics & Society, v. 29, n. 1, p. 566–569, 2001.

GAVENTA, J.; BARRETT, G. So What Difference Does It Make? Mapping the Outcomes of Citizen Engagement. IDS Working Papers, n. 347, p. 01-72, 2010.

GAXIE, D. Retribuiciones de la militancia y paradojas de la acción colectiva. Intersticios: Revista Sociológica de Pensamiento Crítico, v. 9, n. 2, p. 131-153, 2015.

HARAWAY, D. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos de Pagu, n. 5, p. 7-41, 2009 [1995].

HESSE-BIBER, S.; GRIFFIN, A. Feminist approaches to multimethod and mixed methods research: theory and praxis. In: HESSE-BIBER, S.; JOHNSON, B. R. (orgs.). The Oxford Handbook of Multimethod and Mixed Methods Research Inquiry. Oxford: Oxford University Press, 2015.

HESSE-BIBER, S. Feminist Approaches to Triangulation: Uncovering Subjugated Knowledge and Fostering Social Change in Mixed Methods Research. Journal of Mixed Methods Research, v. 6, p. 137-146, 2012.

HUNT, S.; BENFORD, R. Collective identity, Solidarity and Commitment. In: SNOW, D.; SOULE, S.; KRIESI, H. (orgs.). The Blackwell companion to social movements. Oxford: Blackwell Publishing, 2004.

JESUS, J. G. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos [online], 2012. Disponível em: https://www.sertao.ufg.br/up/16/o/ORIENTA%C3%87%C3%95ES_POPULA%C3%87%C3%83O_TRANS.pdf?1334065989. Acesso em: 25 de dezembro de 2017.

LEITE, G. Filha, mãe, avó e puta: a história de uma mulher que decidiu ser prostituta. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

LENZ, F. Gabriela Leite, prostituta que viveu e promoveu a liberdade. Revista Em Pauta, v. 12, n. 34, p. 209-215, 2004.

LUCHMANN, L. H. H.; BORBA, J. Participação, desigualdades e novas institucionalidades: uma análise a partir de instituições participativas em Santa Catarina. Ciências Sociais Unisinos, v. 44, p. 58-68, 2008.

MELUCCI, A. Getting involved: identity and mobilization in social movements. In: KLANDERMANS, B.; KRIESI, H.; TARROW, S. (orgs.). From structure to action: comparing social movement research across cultures. London: Jai Press Inc, 1988.

MELUCCI, A. The Process of Collective Identity. In: JOHNSTON, H.; KLANDERMANS, B. (orgs.). Social Movements and Culture. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1995.

MELUCCI, A. Challenging codes: Collective action in the information age. United Kindgom: Cambridge University Press, 1996.

MELUCCI, A. A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Petrópolis: Vozes, 2001.

MILBRATH, L. Political participation: how and why do people get involved in politics? Chicago: Rand McNally and Company, 1965.

MISCHE, A. Cross-talk in Movements: Reconceiving the Culture-Network Link. In: DIANI, M.; MCADAM, D. (orgs.). Social Movements and Networks: Relational Approaches to Collective Action. Oxford: Oxford University Press, 2003.

MISCHE, A. Relational Sociology, Culture and Agency. In: SCOTT, J.; CARRINGTON, P. J. (orgs.). The SAGE Handbook of Social Network Analysis. Los Angeles: SAGE, 2011.

NARAYAN, U. O projeto da epistemologia feminista: perspectivas de uma feminista não ocidental. In: JAGGAR, A. M.; BORDO, S. R. (orgs.). Gênero, corpo, conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997.

OLSON, M. A lógica da ação coletiva: os benefícios públicos e uma teoria dos grupos sociais. São Paulo: Edusp, 1999.

POGREBINSCHI, T. Conferências nacionais e políticas públicas para grupos minoritários. Rio de Janeiro: IPEA, 2012.

POTOCHNIK, A. Feminist implications of model-based science. Studies in History and Philosophy of Science, v. 43, n. 2, p. 383-389, 2012.

ROBERTS, N. As prostitutas na história. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1998.

SAWICKI, F.; SIMÉANT, J. Inventário Da Sociologia Do Engajamento Militante: Nota Crítica Sobre Algumas Tendências Recentes Dos Trabalhos Franceses. Sociologias, v. 13, n. 28, p. 200–255, 2011.

SILVA, M.; RUSKOWSKI, B. Conditions and mechanisms of the activist engagement: an analytical model. Revista Brasileira de Ciência Política, v. 21, p. 187-226, 2016.

VAZ, A. C. N. Modelando a participação social: uma análise da propensão à inserção em Instituições participativas, a partir de características socioeconômicas e políticas. Revista Brasileira de Ciência Política, v. 10, p. 63-106, 2013.

VERBA, S.; SCHLOZMAN, K.; BRADY, H. Voice and equality: civic voluntarism in American politics. Massachusetts: Harvard University Press, 1995.

WAMPLER, B. Que tipo de resultados devemos esperar das instituições participativas?. In: PIRES, R. Efetividade das instituições participativas no Brasil: estratégias de avaliação. Brasília: IPEA, 2011.

Published

2021-07-16