Notas sobre a política de produtividade em pesquisa no Brasil: Consequências para a vida acadêmica, a ética no trabalho e a saúde dos trabalhadores
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7984.2008v7n13p205Resumo
Este artigo situa-se na seqüência de alguns trabalhos, frutos de atividades de pesquisa sociológica desenvolvidas há uma década, sobre a busca de cuidados e práticas de saúde, suas possíveis relações com o regime de trabalho no capitalismo atual, e de reflexões sobre conseqüências sociais da política educacional e de ciência e tecnologia brasileira relativas ao ensino superior, especificamente de pós-graduação. a reflexão por nós desenvolvida evoluiu da constatação da crescente busca de cuidados em saúde em nossa sociedade à percepção que, para uma grande parte da população, o trabalho, transformado em emprego (difícil e precário), vem acarretando uma perda grave de sentidos do próprio ato de trabalhar, o que, somado ao sofrimento gerado pela perda de significados e valores coletivos implicados anteriormente na cultura e na vida social ligadas ao trabalhar, ao ser trabalhador, assim como à perda de importância e prestígio do próprio trabalho humano na estrutura contemporânea de produção face à natureza das transformações tecnológicas em curso, estão gerando, em grande parte, o mal estar e adoecimento coletivos.
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