Davidson on Turing: Rationality Misunderstood?
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xResumen
Alan Turing defendia uma espécie de funcionalismo: uma máquina M pensa desde que responda de certas maneiras a certos inputs. Davidson argumenta que o funcionalismo de Turing é inconsistente com certa espécie de externalismo epistêmico, e é, portanto, falso. Na concepção de Davidson, os conceitos consistem em ligações causais de certa espécie entre sujeito e objeto. A máquina de Turing não tem as espécies corretas de ligações causais com seu ambiente. Portanto, não dispõe de conceitos. Portanto, não pensa. Argumento que esse raciocínio é inteiramente falacioso. É verdade que, em alguns casos, uma ligação causal entre sujeito e objeto é parte do conceito que se tem desse objeto. Conseqüentemente, para alguém apreender certas proposições é preciso que tenha certas espécies de ligações causais com seu ambiente. Mas isso significa que precisamos repensar algumas velhas concepções a respeito do que é a racionalidade. Não significa, pace Davidson, que uma precondição para ser racional seja estar causalmente imerso de certa maneira em seu próprio ambiente. Se a máquina de Turing não é capaz de pensar (deixo em aberto se é ou não), isso não tem nada a ver com deixar de ter certas conexões com o ambiente. A importância maior de nossa discussão é esta: a racionalidade consiste ou na capacidade que se tem de perceber a relação que proposições puramente existenciais têm entre si, ou a racionalidade simplesmente não deve ser entendida como a capacidade que se tem de perceber a relação que proposições têm entre si.
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