Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda

Autores

  • Raquel Redondo Rotta Universidade de São Paulo
  • José Francisco Miguel Henriques Bairrão Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X2007000300007

Resumo

No contexto religioso afro-brasileiro, alguns pesquisadores defendem ser o caboclo resultado do processo de nacionalização de hábitos africanos, em que o negro transmuta-se no que acredita ser indígena, a partir da imagem do índio na literatura romântica, tentando garantir um lugar para si no país após a escravidão. Neste artigo discute-se a pertinência desse argumento ao investigar a presença de entidades caboclas em sua vertente feminina, através de uma comparação destas com as imagens idealizadas de índias românticas. Advoga-se que, para entender a função das caboclas no panteão umbandista e em vidas de mulheres contemporâneas, será preciso dar ouvidos ao que elas dizem através de suas médiuns, relacionando seu discurso com as histórias de vida dessas mulheres e com a experiência social concreta das comunidades que se lhes devotam.

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Publicado

2007-09-11

Como Citar

Rotta, R. R., & Bairrão, J. F. M. H. (2007). Inscrições do feminino: literatura romântica e transe de caboclas na umbanda. Revista Estudos Feministas, 15(3), 629. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2007000300007

Edição

Seção

Artigos