A narradora descolonial: uma leitura de The Distant Marvels, de Chantel Acevedo.
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n159000Resumo
Em seu texto “O narrador. Reflexões sobre a obra de Nicolai Leskov” (1985), Walter Benjamin entende que a arte de narrar está em vias de extinção uma vez que o narrador, aquele que reúne em si mesmo o conhecimento do camponês sedentário e do marinheiro comerciante, parece não estar mais entre nós a partir da modernidade. Entretanto, se seguirmos a argumentação de María Lugones em “Rumo a um feminismo descolonial” (2014), que coloca o [des]colonial dentro de uma categoria de não moderno, poderemos considerar que a presença do narrador é perene e se manifesta muitas vezes exatamente no romance, forma literária que Benjamin aponta como um “indício da evolução que vai culminar na morte da narrativa” (1994:201). Em The Distant Marvels (2015), a autora cubana-americana Chantel Acevedo constrói uma protagonista que é a representação literária de um narrador que reúne em si as características benjaminianas e que é, assim, capaz de transmitir experiência. A proposta do presente trabalho é verificar como uma leitura deste romance a partir do viés da descolonialidade pode contribuir para o debate acerca da potência que a intervenção estética feminista tem de contribuir para a construção de novas epistemologias.
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