Quem está no comando? Mulher de bandido e os paradoxos da submissão
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n254483Resumo
Este estudo teve por objetivo discutir qual o modelo de família que é produzido nos discursos
e práticas de mulheres que têm relações afetivas ou sexuais com homens que estão em situação de prisão, a partir de uma análise do feminismo interseccional e do estudo do biopoder. Por meio de observações participantes com mulheres que visitam seus familiares, foi possível identificar que o modelo de família produzido ainda é sustentado pelo modelo hegemônico tradicional, que entende a família nuclear como a representação do sucesso e solidez familiar. Tal ideal de família opera através da reprodução de certas normas e papéis sociais assumidas pelas mulheres, tendo – paradoxalmente – um certo caráter empoderador.
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