Da autonomia do Fórum Mulher na arena pública moçambicana

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DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n168315

Resumo

Vozes da opinião pública e alguma literatura científica afirmam que as organizações da sociedade civil moçambicana não têm autonomia, dado que dependem da ajuda externa para a sua sobrevivência. Com base na investigação que realizamos entre os anos 2010-2018, primeiro no âmbito dos meus estudos doutorais e, posteriormente, no plano da linha de pesquisa que estabeleci no Departamento de Sociologia da Universidade Eduardo Mondlane, não concordamos com esta afirmação categórica e, neste artigo, argumentamos que, não obstante o fator dependência da ajuda externa, entre outros constrangimentos inerentes ao contexto de pobreza que o país atravessa, algumas organizações da sociedade civil, como é o caso do Fórum Mulher, revelam um sentido de autonomia. Esta lhes permite se afirmarem como sujeitos e fazerem intervenções bem-sucedidas na arena pública nacional, contribuindo assim para a aprovação de leis e políticas públicas que buscam acautelar a igualdade de género e os direitos da mulher.

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Biografia do Autor

Orlando Júlio André Nipassa, Universidade Eduardo Mondlane

Sociólogo, docente e investigador do Departamento de Sociologia da UEM. Doutorado em Estudos Africanos, é especialista em Análise e Gestão do Desenvolvimento Social e Económico em África. Actualmente é Director do Mestrado em Sociologia do Desenvolvimento e coordenador da linha de pesquisa sobre Sociedade Civil e Desenvolvimento.

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Publicado

2020-06-05

Como Citar

Nipassa, O. J. A. (2020). Da autonomia do Fórum Mulher na arena pública moçambicana. Revista Estudos Feministas, 28(1). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n168315

Edição

Seção

Dossiê Mundos de Mulheres 2021: Pensamentos Feministas Afro-Moçambicanos - Ativismos