Mulher moçambicana: cultura, tradição e questões de género na feminização do HIV/SIDA

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DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n168328

Resumo

Este texto reflecte sobre as experiências quotidianas vividas por 20 mulheres pobres e infectadas pelo vírus do HIV residentes na cidade de Maputo. Procura entender como elas estruturam o seu quotidiano no contexto das relações sociais que estabelecem. Coloca em comunicação questões de género e outras questões socioculturais e de tradição específicas em contacto com o campo da saúde. Estas mulheres experimentam um quotidiano marcado por obstáculos, desafios e enfrentamentos como parte da face feminizada do HIV e SIDA. Elas lidam com diferentes manifestações de vulnerabilidade antes e pós-infeção, onde as relações de género e as práticas culturais e tradicionais contribuem para a feminização do cenário da seroprevalência. As questões de género, as práticas culturais e tradicionais não as tornam diferentes de outras mulheres, mas o estado serológico torna tudo mais esforçado no quotidiano das mesmas. Essas questões influenciam no processo de infecção e de experiência com e da doença.

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Biografia do Autor

Hélio Bento Maúngue, Universidade Eduardo Mondlane / Universidade Federal de Santa Catarina

Sociólogo, doutorando e Mestrado (2015) em Sociologia Política na UFSC; Bacharel em Ciências Sociais - Orientação em Sociologia (2006) e Licenciatura em Sociologia (2009) na UEM. Tem interesse de pesquisa sobre comportamento político, participação política, relações de género, direitos humanos, HIV/SIDA e saúde sexual e reprodutiva no geral, políticas públicas, sociologia rural, desenvolvimento rural e questões da Sociologia do quotidiano.

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Publicado

2020-06-05

Como Citar

Maúngue, H. B. (2020). Mulher moçambicana: cultura, tradição e questões de género na feminização do HIV/SIDA. Revista Estudos Feministas, 28(1). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n168328

Edição

Seção

Dossiê Mundos de Mulheres 2021: Pensamentos Feministas Afro-Moçambicanos - Ativismos