Como adolescentes apreendem a ciência e a profissão de cientista?

Autores

  • Gabriela Reznik Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Luisa Medeiros Massarani Museu da Vida / Casa de Oswaldo Cruz / Fundação Oswaldo Cruz
  • Marina Ramalho Museu da Vida / Casa de Oswaldo Cruz / Fundação Oswaldo Cruz
  • Maria Ataide Malcher Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Luis Amorim Museu da Vida / Casa de Oswaldo Cruz / Fundação Oswaldo Cruz
  • Yurij Castelfranchi Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) https://orcid.org/0000-0003-4003-5956

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

As representações midiáticas exercem importante influência na percepção de meninas
sobre o universo científico. Neste trabalho, buscamos compreender de que forma mulheres
adolescentes enxergam a ciência, as cientistas e os cientistas, a partir de discussões conduzidas por meio da técnica de grupos focais, estimuladas pela assistência de matérias dos programas Jornal Nacional e Fantástico, da Rede Globo. Realizamos quatro grupos focais com estudantes do 2º ano do Ensino Médio de escolas públicas e privadas no Rio de Janeiro. Entre as percepções que emergiram nas discussões com as estudantes sobre a atividade científica, destacamos: a vinculação da ciência a conteúdos da disciplina de ciências, oferecida no Ensino Fundamental, e de biologia; a associação da ciência à experimentação e à descoberta; e a visão de ciência como acúmulo de conhecimento que tende a um crescimento linear. Não identificamos diferenças marcantes nas percepções das adolescentes de distintas classes sociais. Por utilizar uma abordagem qualitativa – pouco explorada em estudos sobre percepção pública da C&T –, este estudo pode contribuir para um entendimento mais aprofundado sobre a percepção de adolescentes sobre a atividade científica.

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Biografia do Autor

Gabriela Reznik, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Bióloga pela Universidade Federal do Rio de janeiro, especialista em Divulgação da Ciência, da Tecnologia e da Saúde pelo Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz, mestranda em História das Ciências, das Tecnicas e Epistemologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (HCTE/UFRJ).

Luisa Medeiros Massarani, Museu da Vida / Casa de Oswaldo Cruz / Fundação Oswaldo Cruz

Graduação em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1987), mestrado em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (1998), doutorado na Área de Gestão, Educação e Difusão em Biociências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), pós-doutorado na University College London (2013). Pesquisadora do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz. Honorary Research Associate do Department of Science and Technology Studies da University College London. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1C.

Marina Ramalho, Museu da Vida / Casa de Oswaldo Cruz / Fundação Oswaldo Cruz

Pesquisadora e jornalista do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz). Formada em Jornalismo pela UFRJ, com master em Jornalismo de Agência pela Universidade Rey Juan Carlos e Agência EFE (Espanha) e doutorado em Educação, Gestão e Difusão em Biociências (UFRJ).

Maria Ataide Malcher, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Doutora (2005) e Mestre (2001) em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Professora da Universidade Federal do Pará (UFPA). Coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Experimentação em Multimídia da Assessoria de Educação a Distância(AEDi-UFPA). Pesquisadora líder do Grupo de Pesquisa em Processos de Comunicação (Pespcom), certificado pelo CNPq. Pesquisadora do Grupo Comunicação Digital e Interfaces Culturais na América Latina. Atua principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: Processos midiáticos; Estudos de televisão, de Teledramaturgia, de Audiovisual, de Recepção; Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs); Comunicação da Ciência; Divulgação Científica; Epistemologia, Teorias e Metodologias de Comunicação.

Luis Amorim, Museu da Vida / Casa de Oswaldo Cruz / Fundação Oswaldo Cruz

Graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003) e mestrado em Comunicação, Ciência e Mídia pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2006. É coordenador do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica/Museu da Vida/ Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz e jornalista responsável pelo site do Instituto Virtual do Envelhecimento e Saúde do Idoso.

Yurij Castelfranchi, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

FÍsico  pela  Universidade  de  Roma  1,  “La  Sapienza”,  mestre  em comunicação da ciência pela SISSA (It´slia), e doutor em sociologia da C&T pela Universidade Estadual de Campinas, Unicamp (Brasil).É professor adjunto de sociologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e coordenador do grupo de pesquisa interdisciplinar InCiTe (Innovation, Citizenship and Technoscience).  Suas principais áreas de investigação são:  cidadania tecnocientífica e controvérsias sociotécnicas, percepção pública de C&T, ciência e mídia.

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Publicado

2017-05-25

Como Citar

Reznik, G., Massarani, L. M., Ramalho, M., Malcher, M. A., Amorim, L., & Castelfranchi, Y. (2017). Como adolescentes apreendem a ciência e a profissão de cientista?. Revista Estudos Feministas, 25(2), 829–855. https://doi.org/10.1590/%x

Edição

Seção

Artigos