Clara Fernandes, uma lésbica perante o Tribunal da Inquisição (1555-1560)
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumo
Na sociedade portuguesa de Antigo Regime, o sexo entre mulheres era suscetível à pena de morte na fogueira e, por ser um crime de foro misto, também esteve sob a alçada do Tribunal da Inquisição. O objetivo deste estudo é analisar o processo inquisitorial da jovem Clara Fernandes, sentenciada em 1556 por sodomia foeminarum. Apesar de casada e mãe de três filhos, as atitudes de Clara externam um incontido desejo sexual por mulheres. Atormentada por suas “culpas”, buscou o perdão do Santo Ofício, mas encontrou a “justiça” de um Tribunal
inclemente.
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