CHEGA DE SAUDADE, A REALIDADE É QUE...
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100013Palavras-chave:
movimento de mulheres, feminismo, mulheres negras, plataforma de Beijing, gêneroResumo
Este artigo retoma o tema da diversidade no movimento de mulheres, a partir de uma reflexão sobre o envolvimento da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) na III Conferência Mundial contra o Racismo. As condições que determinaram essa atuação são buscadas nos confrontos e negociações que marcaram as trajetórias da organização política das mulheres e do pensamento feminista no Brasil. Para as autoras, o debate sobre as condições específicas da subordinação, proposto pelas mulheres negras, abriu espaço para outras abordagens sobre o papel das mulheres nos sistemas de produção e reprodução, assim como sobre o caráter patriarcal e escravocrata da sociedade brasileira. Contudo, tais abordagens só passaram a ser incorporadas à prática do movimento feminista ao longo da preparação das Conferências de Beijing e Bejing+5. Nesse sentido, a participação da AMB em Durban sinalizaria o avanço no reconhecimento da identidade das mulheres negras, na afirmação da diversidade e na construção de uma agenda política que coloca no centro a intersecção das discriminações de gênero e raça.
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