O corpo feminino como objeto médico e “mediático”
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X200500020005Resumo
É comum na televisão brasileira a presença de profissionais da saúde, na sua maioria ginecologistas, que respondem consultas do público. É o caso dos quadros semanais de dois programas diários que aqui analisamos: o Note e Anote (Rede Record), de alcance nacional, e o Conversa Franca (Band-Bahia), regional, os quais denominamos “tele-consultas médicas”. Pretendemos discutir, através da análise desses produtos, como a menstruação – e as vicissitudes vinculadas a ela – é representada na mídia, vinculada à idéia de impureza, sujeira ou como patologia, e como essas estratégias representacionais operam sobre a criação de identidades de gênero e participam na conflitiva relação das mulheres com seu próprio corpo.
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