Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, Estratégia Saúde da Família

Autores

  • Wiliam Siqueira Peres Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X2010000100013

Resumo

A subjetividade é a argamassa de toda e qualquer produção1 e, diante disso, percebemos os processos de subjetivação presentes na feitura dos sujeitos, dos grupos e das instituições. Como ferramentas de análise, tomamos a ideia de dispositivo2 como um emaranhado de linhas que tecem as relações humanas, e dentre suas diversas linhas destacamos os gêneros como elementos importantes na escuta e intervenção clínica, de modo a ampliar o universo de referência presente nos encontros, no qual os corpos afetam e são afetados dentro de contextos marcados por processos psicossociais, políticos e culturais relevantes para uma prática psi ampliada. Neste trabalho, colocamos em análise a experiência que temos tido como supervisor de estágios em Psicologia Clínica-Institucional que realizamos no Programa Saúde da Família, na Vila Progresso, em Assis, SP, evidenciando a necessidade de diálogos com outros saberes, tais como os estudos culturais, a teoria queer e a esquizoanálise. Como resultados iniciais, percebemos nos relatos de nossos estagiários uma preocupação maior com o cuidado das pessoas atendidas que vão além das leituras psicológicas, que dialoga com questões sociais, econômicas, sexuais, de gênero, políticas e culturais, ampliando as análises e concebendo os seres humanos como híbridos, maquínicos e diferentes, o que evidencia a perspectiva de subjetividades em construção permanente. Surge a necessidade de nos orientarmos pelo viés de uma clínica crítica e ampliada.

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Publicado

2010-01-01

Como Citar

Peres, W. S. (2010). Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, Estratégia Saúde da Família. Revista Estudos Feministas, 18(1), 205. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2010000100013

Edição

Seção

Artigos Temáticos