Diadorim: biopolítica e gênero na metafísica do Sertão
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X2013000100010Resumo
Diadorim é a emblemática personagem da obra de Guimarães Rosa, avatar dadonzela guerreira, símbolo de uma forte renúncia, que podemos afirmar feminista, aquela quese faz na negação do feminino para viver na liberdade do além-do-sexo. A análise de talpersonagem permite avaliar a relação entre corpo e poder como fundamento da históriaconhecida da dominação de gênero. O objetivo deste trabalho é uma leitura feminista quepermita investigar a dupla banda da sexualidade que envolve a figura de Diadorim. Homem evivo enquanto vestido, mulher e morta no advento de sua nudez, Diadorim fará parte de umahistória arquetípica, do topos da mulher/morta. Essa mulher morta é, assim, também a “meravida” ou a “vida nua” que comparece na análise biopolítica contemporânea. O cruzamento defeminismo e biopolítica é o método de leitura dessa obra. Ele nos fará ver que a função datextualidade no patriarcado é tanto gozar sobre o corpo morto de uma mulher quanto devolvêlaà sua suposta natureza doméstica e antipolítica.
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