Regulation of the female body in the pharmacy almanac d’A Saúde da Mulher
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n157854Abstract
This paper discusses aspects of the regulation of the female body, from the end of the 19th century to the mid 20th century, based on the analysis of a selection of numbers from the pharmacy almanac entitled d’A Saude da Mulher (Women’s Health). The publication was one of the most read by the ladies of that time and advertised the most popular medicine in the national industry for their health. It featured medicines ads, horoscopes, illustrations, letters from readers, among other contents. Involved in moral discourses, they acted as a pedagogical device, teaching, inspiring and regulating behaviors and modeling subjectivities, especially those of women, who should be docile, good mothers, wives and home caregivers. This essay argues how the almanacs acted as instruments of regulation of the female body, spreading ideals of femininity/virility, family, health, hygiene and national progress.Downloads
References
ANDRADE, Mário. Macunaiìma: o herói sem nenhum caráter. São Paulo: Martins Fontes, 1969.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência vivida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
CASA NOVA, Vera Lúcia. “Almanaques de Farmácia (1920...)”. Cadernos de Linguística e Teoria da Literatura, n. 8, p. 53-65, 1982.
CASA NOVA, Vera Lúcia. Lições de almanaque: um estudo semiótico. Belo Horizonte: EDUFMG, 1996.
CARVALHO, Alexandre Filordi de; GALLO, Silvio Donizetti de Oliveira. “Defender a escola do dispositivo pedagógico: o lugar do experimentum scholae na busca de outro equipamento coletivo”. Educação Temática Digital, Campinas, v. 19, n. 4, p. 622-641, 2017.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difusão Editora, 1998.
COSTA, Jurandir Freire. Ordem Médica e Norma Familiar. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
ALMANAQUE para 1918 d’A Saude da Mulher. São Paulo/Rio de Janeiro: Estab. Graph. Weiszflog Irmãos, 1918.
ALMANAQUE para 1921 d’A Saude da Mulher. São Paulo/Rio de Janeiro: Estab. Graph. Weiszflog Irmãos, 1921.
ALMANAQUE para 1929 d’A Saude da Mulher. São Paulo/Rio de Janeiro: Estab. Graph. Weiszflog Irmãos, 1929.
ALMANAQUE para 1938 d’A Saude da Mulher. São Paulo/Rio de Janeiro: Estab. Graph. Weiszflog Irmãos, 1938.
ALMANAQUE para 1946 d’A Saude da Mulher. São Paulo/Rio de Janeiro: Estab. Graph. Weiszflog Irmãos, 1946.
DELPHY, Christine. “Patriarcado (teorias do)”. In: HIRATA, Helena; LABORIE, Françoise; LE DOARÉ, Hélène; SENOTIER, Danièle (Orgs.). Dicionário crítico do feminismo. São Paulo: EDUNESP, 2009. p. 173-178.
DEL PRIORE, Mary. “Viagem pelo imaginário do interior feminino”. Revista Brasileira de História, v. 19, n. 37, 1999.
EIRENREICH, Barbara; ENGLISH, Deirdre. Complaints and Disorders: the sexual politics of sickness. Tacoma: Lunaria Press, 1973. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/969738/mod_resource/content/1/Complaints%20and%20Disorders%204.14%20%281%29.pdf. Acesso em 18/04/2019.
FERNANDES, Tania Maria. Plantas medicinais: memória da ciência no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2004.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2014.
GALLO, Silvio Donizetti de Oliveira. “René Schérer e a Filosofia da Educação: Aproximações”. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPED, 37, 2015, Florianópolis. Anais... Florianópolis: FAPESP, 2015. p. 1-17. ISSN 2447-2808.
GAUDENZI, Paula; ORTEGA, Francisco. “O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização”. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v. 16, n. 40, p. 1-14, 2012.
GOMES, Mario Luiz. “Vendendo saúde! Revisitando os antigos almanaques de farmácia”. Hist. cienc. saúde - Manguinhos, v. 13, n. 4, p. 1007-1018, 2006.
GUIA... Almanach-Guia da Saude, Paris, [s.n.], 1902.
LARA, Caroline de. “Agora sou outro!”: propagandas e educação sanitária nos almanaques de farmácia (1900-1945). 2016. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em História, Cultura e Identidades, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil.
LOBATO, Monteiro. Urupês. Rio de Janeiro: Globo, 2007[1918].
LOURO, Guacira Lopes. “Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas”. Pro-Posições, v. 19, n. 2, p. 17-23, maio/ago. 2008.
MACHADO, Roberto et al. A Danação da Norma: medicina social e constituição da psiquiatria no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1978.
MARTINS, Ana Paula Vosne. Visões do feminino: a medicina da mulher nos séculos XIX e XX [online]. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2004.
MARTINS, Ana Paula Vosne. “Um sistema instável: as teorias ginecológicas sobre o corpo feminino e a clínica psiquiátrica entre os séculos XIX e XX”. In: WADI, Yonissa Marmitt; SANTOS, Nádia Maria Weber (Orgs.). História e loucura: saberes, práticas e narrativas. Uberlândia: EDUFU, 2010. p. 15-49.
NADAF, Yasmim Jamil. “Essas revistinhas que se chamam almanaques”. Revista Ecos: Literatura, Língua e Imprensa, Cáceres, Mato Grosso, v. 10, n. 1, p. 131-138, jul. 2011.
OLIVEIRA, Eduardo Alexandre Santos de. “O conceito de dispositivo da sexualidade na obra Foucaultiana ‘A vontade de saber’”. Kalagatos – Revista de Filosofia, Fortaleza, v. 12, n. 24, p. 89-108, 2015.
REVEL, Judith. Michel Foucault: Conceitos essenciais. São Carlos: Claraluz, 2005.
ROHDEN, Fabíola. Uma ciência da diferença: sexo e gênero na medicina da mulher. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001.
VIEIRA, Elisabeth Meloni. A medicalização do corpo feminino. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2002.
ZORZANELLI, Rafaela Teixeira; ORTEGA, Francisco; BEZERRA JÚNIOR, Benilton. “Um panorama sobre as variações em torno do conceito de medicalização entre 1950-2010”. Ciência e Saúde Coletiva (Impresso), Rio de Janeiro, v. 19, n. 6, p. 1859-1868, jun. 2014.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Revista Estudos Feministas is under the Creative Commons International 4.0 Attribution License (CC BY 4.0), that allows sharing the work with recognition of authorship and initial publication in this journal.
The license allows:
Sharing (copying and redistributing the material in any support or format) and/or adapting (remixing, transforming, and creating from the material) for any purpose, even if commercial.
The licensor cannot revoke these rights provided the terms of the license are respected. The terms are the following:
Attribution – you should give the appropriate credit, provide a link to the license and indicate if changes were made. This can be done in several ways without suggesting that the licensor has approved of the use.
Without additional restrictions – You cannot apply legal terms or technological measures that prevent others from doing something allowed by the license.