O “direito” de falar em pleitos: o gênero nos códigos jurídicos afonsinos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

Este artigo não é uma tentativa de estudar a vocalidade ou a oralidade em textos escritos e jurídicos assumidos por figuras femininas. Embora isso seja importante dentro dos limites metodológicos do que sugerem as documentações que analiso, o que tenho em mente é saber se, como e por que as diretrizes de gênero atuaram de maneiras transversais nos discursos produzidos pela legislação do governo de Afonso X (1252-1284), sobretudo no que toca a determinadas atividades, práticas ou ofícios jurídicos que estão direta ou indiretamente associados à credibilidade do falar ou do uso das palavras. A proposta aqui é testar as  possibilidades da proposição de uma História Institucional de Gênero, combinando o campo da História Cultural do Direito Medieval e os Estudos de Gênero. Discutimos as interseccionalidades ou transversalidades constituídas entre relações de poder e processos de significação, isto é, a “d(en)ominação”.

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Biografia do Autor

Marcelo Pereira Lima, Universidade Federal da Bahia

Graduado e licenciado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Nesta universidade, tornou-se também mestre em História Social pelo PPGHIS (2001). É doutor em História pelo PPGH da Universidade Federal Fluminense (2010) e pós-doutor pela Universidade de Salamanca (2015), com bolsa concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Atualmente, faz parte de diversos grupos e laboratórios de pesquisa no Brasil, tais como o Cultura Material, Antiguidade e Cotidiano (Colíder-CMAC/UFBA), o Poder, Política e Instituições Eclesiásticas no Ocidente (séculos XI a XVI) – UFMT (pesquisador); o Programa de Estudos Medievais – UFRJ (pesquisador); o Translatio Studii, Núcleo Dimensões do Medievo – História, Língua e Filosofia – UFF (pesquisador). Juntamente com o Prof. Dr. Marco Aurélio Oliveira da Silva (PPGF-UFBA), coordena o Laboratório de Estudos sobre a Transmissão e História Textual na Antiguidade e Medievo (LETHAM-UFBA). É editor-gerente e membro do Conselho Editorial da Revista Veredas da História – UFRRJ/UFPel/UFBA/UFMT/UFS (presidente). É também membro do Conselho Editorial da Revista Medievalis (NIELIM-UFRJ) e da Revista Gênero & Direito (G&DUFPB). Faz parte do Conselho Consultivo da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais).
Tem experiência na área de História, com ênfase na História Sociocultural das Instituições Medievais, sobretudo na História da Igreja e do Papado, da Realeza Medieval e da História do Direito Medieval. Além disso, dedica-se à pesquisa sobre os Estudos de Gênero e seus fundamentos teóricos, metodológicos e epistemológicos, investigando, portanto, os seguintes temas: Teoria e Metodologia da História, Idade Média, Direito Medieval, Reforma Papal, Realeza Castelhano-Leonesa, Relações de Poder, Corpo, Parentesco e Gênero.

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Publicado

2018-11-28

Como Citar

Pereira Lima, M. (2018). O “direito” de falar em pleitos: o gênero nos códigos jurídicos afonsinos. Revista Estudos Feministas, 26(3). https://doi.org/10.1590/%x

Edição

Seção

Artigos