La pandemia de COVID-19 y la violencia doméstica en la situación sociopolítica brasileña
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n374781Resumen
En tiempos de la pandemia de COVID-19, el aislamiento social se convierte en una medida importante para detener el nuevo coronavirus que asola el mundo. Al mismo tiempo, tal medida se enfrenta a una realidad: la violencia contra las mujeres, que en su mayoría tiene lugar dentro del hogar. El objetivo del artículo es promover un análisis discursivo y crítico de la situación brasileña que atraviesa la violencia doméstica en tiempos de pandemia, relacionándola con las respuestas del gobierno brasileño y del Ministerio de la Mujer, la Familia y los Derechos Humanos para combatirla. El análisis revela que esas respuestas se basan en un sesgo ideológico sostenido principalmente por la noción de familia nuclear y la negación del género, que no sólo obstaculiza las acciones concretas y eficaces para frenar la violencia, sino que también pasa por alto las intersecciones de raza, clase y género fundamentales para la producción de políticas públicas.
Descargas
Citas
AGUIAR, Bruna Soares; PEREIRA, Matheus Ribeiro. “O antifeminismo como backlash nos discursos do governo Bolsonaro”. Agenda Política - Revista de Discentes de Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos [on-line]. São Carlos, 2019, v. 7, n. 7, p. 08-35. Disponível em http://www.agendapolitica.ufscar.br/index.php/agendapolitica/article/view/271. ISSN 2318-8499. Acesso em 03/06/2020.
ALMEIDA, Ronaldo de. “Bolsonaro presidente: conservadorismo, evangelismo e a crise brasileira”. Novos estudos. CEBRAP [on-line]. São Paulo, 2019, v. 38, n. 1, p. 185-213. Disponível em http://novosestudos.uol.com.br/wp-content/uploads/2019/06/11_almeida_113_p184a213.pdf. E-ISSN 19805403. Acesso em 25/05/2020.
ALVES, Leonardo. “O reconhecimento legal do conceito moderno de família o art. 5º, II e parágrafo único, da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha)”. Revista Jus Navigandi [on-line], Teresina, 2006, ano 11, n. 1225. Disponível em https://jus.com.br/artigos/9138. ISSN 1518-4862. Acesso em 03/06/2020.
ARRUZZA, Cinzia; BHATTACHARYA, Tithi; FRASER, Nancy. Feminismo para os 99%: um manifesto. São Paulo: Boitempo, 2019.
BIANQUINI, Heloisa. “Combate à violência doméstica em tempos de pandemia: o papel do Direito”. Revista Consultor Jurídico [on-line]. 2020. Disponível em https://www.conjur.com.br/2020-abr-24/direito-pos-graduacao-combate-violencia-domestica-tempos-pandemia. Acesso em 24/04/2020.
BIROLI, Flávia. Gênero e desigualdades: Limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.
BOND, Letícia. “Violência contra mulher aumenta 44,9% durante pandemia”. Agência Brasil [on-line], 2020. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-04/sp-violencia-contra-mulher-aumenta-449-durante-pandemia. Acesso em 20/04/2020.
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Ofício circular 001/2020/DEV/SNPM/MMFDH. Brasília: Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 26 mar. 2020. Disponível em https://sittel.pc.sc.gov.br/arquivos/SEI_MDH1136114.pdf.pdf. Acesso em 03/06/2020.
CARNEIRO, Sueli. “Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir da perspectiva de gênero”. In: HOLLANDA, Heloisa de Buarque (Org.). Pensamento Feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 313-322.
CENTRO FEMINISTA DE ESTUDOS E ASSESSORIA (CFEMEA). “Violência doméstica e os precipícios do machismo”. Outras Palavras [on-line]. 18 abr. 2020. Disponível em https://outraspalavras.net/feminismos/violencia-domestica-nossa-fragil-e-machista-democracia/. Acesso em 25/05/2020.
CHOULIARAKI, Lilie; FAIRCLOUGH, Norman. Discourse in late modernity: Rethink critical discourse analyses. London: Routledge, 1999.
COLLINS, Patricia Hill. “Pensamento feminista negro: o poder de autodefinição”. In: HOLLANDA, Heloisa de Buarque (Org.). Pensamento Feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 271-312.
CRENSHAW, Kimberlé W. “A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero”. In: VV. AA. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem, 2004. p. 07-16.
DAVIS, Ângela. Mulheres, cultura e política. São Paulo: Boitempo, 2017.
FALUDI, Susan. Backlash: o contra-ataque na guerra não declarada contra as mulheres. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
FAIRCLOUGH, Norman; MELO, Iran Ferreira de. “Análise Crítica do Discurso como método em pesquisa social científica”. Linha D’Água. 2012, v. 25, n. 2, p. 307-329. Disponível em https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/47728. Acesso em 02/12/2020.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBICA (FBSP). Violência Doméstica durante a Pandemia de COVID-19. 2020. Disponível em http://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2018/05/violencia-domestica-covid-19-v3.pdf. Acesso em 29/04/2020.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (FBSP); INSTITUTO DATAFOLHA (DATAFOLHA). Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil. 2. ed. 2019. Disponível em http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/02/Infogra%CC%81fico-vis%C3%ADvel-e-invis%C3%ADvel-2.pdf. Acesso em 20/04/2020.
FURLANI, Jimena. “Existe ‘Ideologia de gênero’?”. Pública [on-line]. Disponível em: https://apublica.org/2016/08/existe-ideologia-de-genero/. 2016. Acesso em 25/05/2020.
GOMES, Maria Carmen Aires; VIEIRA, Viviane. “Estudos Discursivos Críticos: análise crítica de problemas sociais discursivamente manifestos”. In: EMEDIATO, Wander; MACHADO, Ida Lucia; LARA, Glaucia Muniz Proença (Org.). Teorias Discursivas: novas práticas e formas discursivas. Campinas: Pontes Editora, 2020. p. 173-200.
GONZALES, Lélia. “A categoria político-cultural da Amefricanidade”. In: HOLLANDA, Heloisa de Buarque (Orgs.). Pensamento Feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 341-356.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA); FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (FBSP). Atlas da Violência 2019. Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo: IPEA; FBSP, 2019. Disponível em http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/190605_atlas_da_violencia_2019.pdf. Acesso em 20/05/2020.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA); INSTITUTO DATAFOLHA (DATAFOLHA). Visível e Invisível: vitimização de mulheres no Brasil. 2019. Disponível em https://www12.senado.leg.br/institucional/procuradoria/proc-publicacoes/Incografico%20-vitimizacao-de-mulheres-no-brasil-2deg-edicao-. Acesso em 02/06/2020.
INSTITUTO PATRÍCIA GALVÃO. Relatos de briga de casais aumentam 431% desde o início do isolamento provocado pelo coronavírus, diz estudo. 20 abr. 2020. Disponível em https://agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/violencia-domestica/relatos-de-briga-de-casais-aumentam-431-desde-o-inicio-do-isolamento-provocado-pelo-coronavirus-diz-estudo/. Acesso em 20/04/2020.
LIMA, Juliana Domingos de. “A campanha oficial contra a violência doméstica. E as críticas a ela”. Nexo Jornal. 19 maio 2020. Disponível em https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/05/19/A-campanha-oficial-contra-a-viol%C3%AAncia-dom%C3%A9stica.-E-as-cr%C3%ADticas-a-ela. Acesso em 02/06/2020.
LORDE, Audre. “Idade, raça, classe e gênero: mulheres redefinindo a diferença”. In: HOLLANDA, Heloisa de Buarque (Org.). Pensamento Feminista: conceitos fundamentais . Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 239-250.
MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS (MMFDH). Coronavírus: sobe o número de ligações para canal de denúncia de violência doméstica na quarentena. 2020a. Disponível em https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/marco/coronavirus-sobe-o-numero-de-ligacoes-para-canal-de-denuncia-de-violencia-domestica-na-quarentena. Acesso em 24/04/2020.
MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS (MMFDH). Estímulo a relações familiares saudáveis é alvo da SNF na pandemia. 2020b. Disponível em https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/abril/estimulo-a-relacoes-familiares-saudaveis-e-alvo-da-snf-na-pandemia. Acesso em 20/04/2020.
MLAMBO-NGCUKA, Phumzile. “Violência contra mulheres e meninas é pandemia das sombras”. Nações Unidas ONU, 08 abr. 2020. Disponível em https://nacoesunidas.org/artigo-violencia-contra-mulheres-e-meninas-e-pandemia-das-sombras/. Acesso em 20/04/2020.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). “Chefe da ONU alerta para aumento da violência doméstica em meio à pandemia do coronavírus”. Nações Unidas Brasil. 2020. Disponível em https://nacoesunidas.org/chefe-da-onu-alerta-para-aumento-da-violencia-domestica-em-meio-a-pandemia-do-coronavirus/. Acesso em 08/04/2020.
SANTOS, Maria Cecília MacDowell dos. “Para uma abordagem interseccional da Lei Maria da Penha”. In: MACHADO, Isadora Vier (Org.). Uma década de lei Maria da Penha: percursos, práticas e desafios. Curitiba: CRV, 2017. p. 39-61.
SOUZA, Betinho Herbert José de. Como se faz Análise de Conjuntura. 34. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
VIEIRA, Pâmela Rocha; GARCIA, Leila Posenato; MACIEL, Ethel Leonor Noia. “Isolamento social e o aumento da violência doméstica: o que isso nos revela?”. Rev. bras. epidemiol [on-line]. Rio de Janeiro, 2020, v. 23, p. 01-05. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100201&lng=en&nrm=iso. DOI: 10.1590/1980-549720200033. Acesso em 06/05/2020.
WERNECK, Jurema; IRACI, Nilza. A situação dos direitos humanos das mulheres negras no Brasil: violências e violações. São Paulo: Criola-Geledés, 2016.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista Estudos Feministas
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Estudos Feministas está bajo licencia de la Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con los debidos créditos de autoría y publicación inicial en este periódico.
La licencia permite:
Compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato) y/o adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material) para cualquier propósito, incluso comercial.
El licenciante no puede revocar estos derechos siempre que se cumplan los términos de la licencia. Los términos son los siguientes:
Atribución - se debe otorgar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Esto se puede hacer de varias formas sin embargo sin implicar que el licenciador (o el licenciante) haya aprobado dicho uso.
Sin restricciones adicionales - no se puede aplicar términos legales o medidas de naturaleza tecnológica que restrinjan legalmente a otros de hacer algo que la licencia permita.