Corpo, imagem e registro colonial no Corazón Sangrante de Astrid Hadad

Autores

  • Maurício de Bragança Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X2011000200006

Resumo

Apresentaremos uma discussão acerca da apropriação do coração como um elemento alegórico de reconhecimento de uma identidade coletiva na América Latina. Através do cabaré contemporâneo da performer mexicana Astrid Hadad, de origem maya-libanesa, apontaremos uma crítica a uma política de controle e organização dos parâmetros de gênero. A experiência de colonização na América Latina foi pautada pelas estratégias de um discurso encaminhado pela utilização do coração como uma importante alegoria de apassivamento e subalternização, sobretudo da mulher. Em seu videoclipe Corazón Sangrante, assumindo as estratégias articuladas em torno do melodrama, Hadad se arma da ambiguidade própria da ironia para problematizar a discussão, apontando a permanência de um registro colonial no interior da cultura mexicana contemporânea.

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Biografia do Autor

Maurício de Bragança, Universidade Federal Fluminense

É graduado em História e Cinema, mestre em Comunicação e doutor em Letras (Literatura Comparada) pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também fez seu pós-doutorado. Atuou como professor substituto de História da América durante dois anos no IFCS/UFRJ. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Cinema e Vídeo e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF.

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Publicado

2011-01-01

Como Citar

Bragança, M. de. (2011). Corpo, imagem e registro colonial no Corazón Sangrante de Astrid Hadad. Revista Estudos Feministas, 19(2), 403. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2011000200006

Edição

Seção

Artigos