Deslocamentos na cidade: o movimento Hip Hop nos/dos bairros de Florianópolis
DOI:
https://doi.org/10.5007/2178-4582.2009v43n2p549Resumo
Amparado em Simmel, o presente artigo se propõe a discutir deslocamentos e “pontes” estabelecidas a partir do Movimento Hip Hop, tendo como base sua música, o RAP, na cidade de Florianópolis. Pretendo discutir estes deslocamentos a partir de dois prismas. O primeiro diz respeito aos deslocamentos entre centro e periferia na cidade, a partir de seus bairros. Estas duas categorias tornam-se móveis no estabelecimento das relações de “sociabilidade” e produção musical. O segundo, refere-se aos deslocamentos no tempo, já que a cidade, a partir do RAP, vai mudando os contornos, imagens e “formas” construídas dos bairros e cidade que surgem em suas composições musicais no decorrer do tempo. A grande parte das composições musicais faz referência ao bairro, geralmente aquele onde moram. O bairro confere legitimidade ao conteúdo da música e é uma importante referência de pertencimento. É no bairro que as redes de sociabilidade se formam. Mas, em todas estas músicas, além do bairro, implícita ou explicitamente, reafirmam o seu pertencimento à cidade. Este pertencimento, além de justificar um posicionamento crítico sobre a cidade, também os faz reivindicar uma “ampliação” do espaço que ocupam na mesma. E, propõe o estabelecimento de “pontes” na relação com o espaço urbano em sociedades metropolitanas, no qual constroem suas narrativas musicais.
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