Entre denominações geracionais: o que as narrativas acadêmicas nos ensinam sobre crianças e jovens digitais
DOI:
https://doi.org/10.5007/2178-4582.2017v51n1p108Resumo
A partir da intensa relação de crianças e jovens com artefatos digitais (tablets, smartphones, entre outros), este artigo – inscrito sob o referencial teórico dos Estudos Culturais em Educação – tem por objetivo expor algumas interlocuções entre tecnologias e educação, tendo como subsídio a emergência de diversas denominações geracionais. O estudo comtemplou três movimentações: apresentação de um panorama sobre o conceito de geração; o mapeamento das narrativas acadêmicas; uma análise de como tais narrativas estão implicadas em produzir um tipo de geração e de educação ao estilo “digital”. O aporte teórico se apoia em autores como Feixa e Leccardi, Tapscott, Prensky, Carr e Buckingham. As narrativas sinalizam os benefícios e perigos da imersão tecnológica, o que vem permeando igualmente a convocação ao uso dos aparatos tecnológicos nos espaços escolares.
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