Morangos silvestres: imagens-tempo de um aprendizado
DOI:
https://doi.org/10.5007/2178-4582.2017v51n1p21Resumo
Através do filme Morangos Silvestres (1957) de Ingmar Bergman, este texto se dedica a analisar suas imagens-tempo. Estas aproximam o cinema da realidade do pensamento, tendo a função de levar o olho à função de vidência, pois os elementos da imagem entram em relações que fazem com que a imagem inteira deva ser “lida” não menos que vista, legível tanto quanto visível. O mundo aparece para ser visto e lido, como literalidade. Cinema mais perto de uma leitura do que de uma percepção, cinema que nos leva ao caminho dos signos, que nos torna decifradores, nos fazendo recuar do reconhecimento automático e habitual. Uma montagem que propõe transtornos às percepções e ações do espectador, porque faz irromper um elemento novo que impede a percepção de se prolongar em ação.Referências
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