Morangos silvestres: imagens-tempo de um aprendizado

Autores

  • Tania Mara Galli Fonseca Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre/RS

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2017v51n1p21

Resumo

Através do filme Morangos Silvestres (1957) de Ingmar Bergman, este texto se dedica a analisar suas imagens-tempo. Estas aproximam o cinema da realidade do pensamento, tendo a função de levar o olho à função de vidência, pois os elementos da imagem entram em relações que fazem com que a imagem inteira deva ser “lida” não menos que vista, legível tanto quanto visível. O mundo aparece para ser visto e lido, como literalidade. Cinema mais perto de uma leitura do que de uma percepção, cinema que nos leva ao caminho dos signos, que nos torna decifradores, nos fazendo recuar do reconhecimento automático e habitual. Uma montagem que propõe transtornos às percepções e ações do espectador, porque faz irromper um elemento novo que impede a percepção de se prolongar em ação.

Biografia do Autor

Tania Mara Galli Fonseca, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre/RS

Psicóloga. Mestra e Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente no Programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional (PPGPSI/UFRGS).

Referências

BERGSON, Henri. Matéria e memória. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

DELEUZE, Gilles. Proust e os signos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.

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DELEUZE, Gilles. A Imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 2007.

PROUST, Marcel. Em busca do tempo perdido. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

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Publicado

2017-11-16

Edição

Seção

Artigos