Um mergulho no “Morro do Querosene” e o encontro com os artistas do invisível: reflexões sobre arte, comunidade, afeto e práxis psicossocial
DOI:
https://doi.org/10.5007/2178-4582.2016v50n2p315Resumo
Trata-se de uma reflexão sobre arte e comunidade, com foco na análise das afetações que a cultura popular promove em um bairro. Vigotski é autor de referência, com sua defesa do psicológico como fenômeno sócio-histórico, da positividade dos afetos e da concepção de arte como a linguagem das emoções. As reflexões partem de pesquisa realizada no “Morro do Querosene”, situado na cidade mais populosa e de maior poder aquisitivo do Brasil, que possui uma história marcada pela arte e cultura. Elas evidenciam que a cultura popular , quando realizada na rua, promove encontros que favorecem configurações comunitárias, paralelamente à explicitação das contradições e relações de poder que permeiam o cotidiano dos moradores. Os relatos de dois mestres de expressões culturais diferentes, bumba meu boi e capoeira, sugerem que é possível fazer a vida pessoal e urbana por outras vias, oferecendo subsídios à práxis psicossocial potencializadora do agir em comum.
Referências
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