A genealogia como método histórico de análise de práticas e relações de poder

Autores

  • Kleber Prado Filho Uniarp

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2017v51n2p311

Resumo

A questão metodológica é da maior importância nas análises históricas de Michel Foucault, tanto que em diferentes momentos da sua produção acadêmica e intelectual ele desenvolve, aplica e literalmente experimenta diferentes estratégias e problematizações metodológicas, propostas em termos de arqueologia do saber, genealogia do poder e genealogia da ética. Mas falar em métodos no contexto dos estudos históricos do autor é problemático à medida que não há propostas unitárias, com procedimentos fixos definidos a priori, mas indicações, regras de prudência, problematizações e estratégias móveis, aplicáveis a diferentes problemas e questões, em diferentes situações e contextos. A reflexão apresentada neste artigo percorre trajetórias metodológicas em alguns estudos genealógicos de Foucault, não no sentido de compor um método fixo e unitário mas de apontar possibilidades de aplicação metodológica a partir de uma perspectiva genealógica. Esta reflexão pretende ainda destacar decorrências políticas do emprego de estratégias genealógicas de análise.

Biografia do Autor

Kleber Prado Filho, Uniarp

Graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1977) com mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (1989) e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1998), além de pós-doutorado em História pela Unicamp. É professor do departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, atuando na graduação e pós-graduação nas áreas de Ética, Pesquisa, Epistemologia, História, teorias e sistemas em Psicologia, envolvendo temas relativos a subjetividade, relaçoes com a verdade, relações de poder e governamentalidade. Desenvolve pesquisas a partir da abordagem de Michel Foucault. Autor de uma trilogia a respeito de Foucault e atualmente trabalha em um projeto de pesquisa relativo a uma arqueologia das Ciências Humanas a partir desta perspectiva.

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Publicado

2017-12-22

Edição

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Artigos