Foucault, um arqueogenealogista do saber, do poder e da ética

Autores/as

  • Inês Lacerda Araújo Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumen

Foucault aborda a questão do sujeito de forma a problematizar as filosofias de estilo cartesiano, as ilusões das filosofias do sujeito. Nosso objetivo é mostrar os passos essenciais dessa critica em sua obra, ressaltando três momentos, o da objetivação do sujeito, o da sujeição ao saber/poder normalizador, e o da subjetivação através de tecnologias do eu. Para tal procede arqueogenealogicamente, relacionando as práticas discursivas com as práticas não-discursivas, para chegar ao sujeito moderno e à sociedade disciplinar, controladora. Nesse sentido, as ciências humanas, especialmente a psicologia e a psicanálise, não libertam, pois também produzem verdade, não por razões epistemológicas nem ideológicas, mas por estratégias de saber/poder. Sua política da resistência concilia-se com uma política de constituição de si numa atitude estética, através de atos de liberdade, uma forma ética de existência. Concluiremos que isso é possível, mesmo com os jogos de verdade produzindo indivíduos sujeitados.

Biografía del autor/a

Inês Lacerda Araújo, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná, UFPR. Mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR. Doutorado em Letras pela Universidade Federal do Paraná, UFPR.

Mais informações no Currículo Lattes.

Publicado

2004-01-01

Número

Sección

Artigos