Dimensões de escalas atitudinais parentais acerca do contato com a natureza

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2020.e67153

Resumo

O estudo objetivou investigar a estrutura interna de duas escalas de atitude parental, originalmente produzidas em língua inglesa e então adequadas ao contexto brasileiro. Da aplicação de questionários online com 105 genitores, propriedades psicométricas dos instrumentos foram investigadas pela análise de consistência interna, de componentes principais e estudo relacional entre as variáveis atitudinais. Na Atitude Parental para com a Natureza, os itens agruparam-se em adesão estética, oportunidades de contato e transformação positiva e, na Atitude Parental para com a Criança na Natureza, em benefícios ao desenvolvimento, riscos à segurança e repercussões desfavoráveis. Os Coeficientes Alfa de Cronbach mostraram-se satisfatórios e, apesar de tipicamente positiva, a atitude parental foi desfavorecida pela percepção de riscos à segurança da criança.

Biografia do Autor

Patricia Maria Schubert Peres, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC, Brasil

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Universitário, Trindade, Florianópolis/SC, Brasil.

Maíra Longhinotti Felippe, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC, Brasil

Departamento de Arquitetura e Urbanismo

Ariane Kuhnen, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC, Brasil

Docente do Programa de Pós-graduação em Psicologia, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis/SC, Brasil

Referências

AARTS, M.-J.; DE VRIES, S. I; VAN OERS, H. A. M.; SCHUIT, A. J. Outdoor play among children in relation to neighborhood characteristics: a cross sectional neighborhood observation study. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, v. 9, n. 98, p. 3-11, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1186/1479-5868-9-98. Acesso em: 8 março de 2019.

ÄNGGARD, E. Making use of “nature” in an outdoor preschool: classroom, home and fairyland. Children, Youth and Environments, v. 20, n. 1, p. 4-25, 2010. Disponível em: http://www.buv.su.se/polopoly_fs/1.120149.1358777081!/menu/standard/file/CYE%20Making%20use%20of%20nature.pdf. Acesso em: 8 de março 2019.

AZIS, F.; SAID, I. The trends and influential factors of children’s use of outdoor environments: a review. Asian Journal of Environment-Behavior Studies, v. 2, n.5, p. 67-80, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2012.03.341. Acesso em: 8 de março 2019.

BERMAN, M. G.; JONIDES, J.; KAPLAN, S. The cognitive benefits of interacting with nature. Psychological Science, v. 19, n. 12, p. 1207-1212, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1111/j.1467-9280.2008.02225.x. Acesso em: 8 de março 2019.

BERTO, R. Exposure to restorative environments helps restore attention capacity. Journal of Environmental Psychology, v. 25, n. 3, p. 249-259, 2005. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.jenvp.2005.07.001. Acesso em: 8 de março 2019.

CZALCZYNSKA-PODOLSKA, M. The impact of playground spatial features on children’s play and activity forms: an evaluation of contemporary playgrounds’ play and social value. Journal of Environmental Psychology, v. 38, n. 0, p. 132-142, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2014.01.006. Acesso em: 8 de março 2019.

DERR, V.; LANCE, K. Biophilic boulder: children´s environments that foster connections to nature. Children, Youth and Environments, v. 22, n. 2, p. 112-143, 2012. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/10.7721/chilyoutenvi.22.2.0112. Acesso em: 8 de março de 2019.

FJØRTOFT, I.; SAGEIE, J. The natural environment as a playground for children: landscape description and analyses of a natural landscape. Landscape and Urban Planning, v. 48, n. 1-2, p. 83-97, 2000. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0169-2046(00)00045-1. Acesso em: 8 de março 2019.

FJØRTOFT, I. Landscape as playscape: the effects of natural environments on children’s play and motor development. Children, Youth and Environments, v. 14, n. 2, p. 21-44, 2004. Disponível em: http://www.jstor.org/discover/10.7721/chilyoutenvi.14.2.0021. Acesso em: 8 de março 2019.

FYHRI, A.; HJORTHOL, R. Children’s independent mobility to school, friends and leisure activities. Journal of Transport Geography, v. 17, n. 5, p. 377-384; 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jtrangeo.2008.10.010. Acesso em: 8 de março 2019.

GIELEN, A. C.; DEFRANCESCO, S.; BISHAI, D.; MAHONEY, P.; HO, S.; GUYER, B. Child pedestrians: the role of parental beliefs and practices in promoting safe walking in urban neighborhoods. Journal of Urban Health: Bulletin of the New York Academy of Medicine, v. 81, n. 4, p. 455-555, 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1093/jurban/jth139. Acesso em: 8 de março 2019.

GRESSLER, S. C.; GÜNTHER, I., A. Ambientes restauradores: definição, histórico, abordagens e pesquisas. Estudos de Psicologia, v. 18, n. 3, p. 487-495, 2013. Disponível em:http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2013000300009. Acesso em: 8 de março 2019.

HARTIG, T. Issues in restorative environment research: matters of measurement. In: Fernández-Ramírez, B.; Villodres, C. H.; Ferrer, C. M. S., Méndez, M. J. M. (Eds.). Psicologia Ambiental 2011: entre los studios urbanos y el análisis de la sostentenibilidad. Almería: Universidad de Almería y Associación de Psicologia Ambiental, 2011, p. 41-66. Disponível em: http://repositorio.ual.es:8080/bitstream/handle/10835/1001/Psicologiaambiental2011.pdf?sequence=1&isAllowed=y#page=59. Acesso em: 8 de março 2019.

JANSSON, M. (2008). Children’s perspectives on public playgrounds in two Swedish communities. Children, Youth and Environments, v. 18, n. 2, p. 88-109. Disponível em http://www.jstor.org/discover/10.7721/chilyoutenvi.18.2.0088. Acesso em: 8 de março 2019.

JOHANSSON, M. Environment and parental factors as determinants of mode for children’s leisure travel. Journal of Environmental Psychology, v. 26, n. 2, p. 156-169, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2006.05.005. Acesso em: 8 de março 2019.

KAPLAN, R. The restorative benefits of nature: toward an integrative framework. Journal of Environmental Psychology, v. 15, n. 3, p. 169-18, 1995. Disponível em: https://doi.org/10.1016/0272-4944(95)90001-2. Acesso em: 8 de março 2019.

KORPELA, K.; HARTIG, T. Restorative qualities of favorite places. Journal of Environmental Psychology, v. 16, n. 3, p. 221-233, 1996. Disponível em: https://doi.org/10.1006/jevp.1996.0018. Acesso em: 8 de março 2019.

KORPELA, K. Place identity as a product of environmental self-regulation. Journal of Environmental Psychology, v. 9, n. 3, p. 241-256, 1989. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0272-4944(89)80038-6. Acesso em: 8 de março 2019.

KORPELA, K.; KYTTÄ, M.; HARTIG, T. Restorative experience, self-regulation, and children’s place preferences. Journal of Environmental Psychology, v. 22, n. 4, p 387-398, 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1006/jevp.2002.0277. Acesso em: 8 de março 2019.

KUH, L. P.; PONTE, I.; CHAU, C. The impact of a natural playscape installation on young children’s play behaviors. Children, Youth and Environments, v. 23, n. 2, p. 49-77, 2013. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/10.7721/chilyoutenvi.23.2.0049. Acesso em: 8 de março 2019.

KYLIN, M. Children’s dens. Children, Youth and Environments, v. 13, n.1, p. 1-20, 2003. Disponível em https://www.jstor.org/stable/10.7721/chilyoutenvi.13.1.0030. Acesso em: 8 de março 2019.

KYTTÄ, M. Affordances of children’s environments in the context of cities, small towns, suburbs and rural villages in Finland and Belarus. Journal of Environmental Psychology, v. 22, n. 1-2, p. 109-123, 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1006/jevp.2001.0249. Acesso em: 8 de março 2019.

KYTTÄ, M. The extent of children’s independent mobility and the number of actualized affordances as criteria for child-friendly environments. Journal of Environmental Psychology, v. 24, n. 2, p. 179-198, 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0272-4944(03)00073-2. Acesso em: 8 de março 2019.

LITTLE, H. Relationship between parents’ beliefs and their responses to children’s risk-taking behavior during outdoor play. Journal of Early Childhood Research, v. 8, n.3, p. 315-330, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1476718X10368587. Acesso em: 8 de março 2019.

LITTLE, H.; WYVER, S.; GIBSON, F. The influence of play context and adult attitudes on young children's physical risktaking during outdoor play. European Early Childhood Education Research Journal, v. 19, n.1, p. 113-131, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1080/1350293X.2011.548959. Acesso em: 8 de março 2019.

LUZ, G. M.; RAYMUNDO, L. S.; KUHNEN, A. (2010). Uso dos espaços urbanos pelas crianças: uma revisão. Psicologia: Teoria e Prática, v. 12, n. 3, p. 172-184. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151636872010000300014. Acesso em: 8 de março 2019.

MALLER, C. J.; HENDERSON-WILSON, C.; TOWNSEND, M. (2009). Rediscovering nature in everyday settings: or how to create healthy environments and health people. Ecohealth, v. 6, n. 4, p. 553-556. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s10393-010-0282-5. Acesso em: 8 de março 2019.

MALONE, K.; TRANTER, P. (2003). Children’s environmental learning and the use, design and management of schoolgrounds. Children, Youth and Environments, v. 13, n. 2, p. 1-45. Disponível em: http://www.jstor.org/discover/10.7721/chilyoutenvi.13.2.0087. Acesso em: 8 de março 2019.

MCFARLAND, A. L. Growing minds: the relationship between parental attitude about nature and the development of fine and gross motor skills in children. 2011. 127f. Tese (Doutorado em Horticultura)—Programa de Pós-Graduação em Horticultura, Texas A & M University, Texas. 2011. Disponível em: http://hdl.handle.net /1969.1/ETD-TAMU-2011-05-9067. Acesso em 8 de março 2019.

MCFARLAND, A. L.; HAMMOND, D. E.; ZAJICEK, J. M.; WALICZEK, T. M. Growing minds: the development of an instrument to measure parental attitude toward nature and their child’s outdoor recreation. Hortechnology, v. 21, n. 2, p. 225-229, 2011. Disponível em: http://horttech.ashspublications.org/content/21/2/225.full.pdf+html. Acesso em: 8 de março 2019.

MCFARLAND, A. L.; ZAJICEK, J. M.; WALICZEK, T. M. The Relationship between Parental Attitudes toward Nature and the Amount of Time Children Spend in Outdoor Recreation. Journal of Leisure Research, v. 46, n. 5, p. 525, 2014. Disponível em:mdoi.org/10.1080/00222216.2014.11950341. Acesso em: 8 de março 2019.

MIN, B; LEE, J. (2006). Children’s neighborhood place as psychological and behavior domain. Journal of Environmental Psychology, v. 26, n. 1, p. 51-71. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2006.04.003. Acesso em: 8 de março 2019.

NEIVA, E. R. & MAURO, T. G. Atitudes e mudança de atitude. In: Torres, C. V. & Neiva, E. R. (Orgs), Psicologia social: principais temas e vertentes. São Paulo: Artmed, 2011, p. 169-201.

PREZZA, M.; ALPARONE, F. R.; CRISTALLO, C.; SECCHIANO, L. Parental perception of social risk and of positive potentiality of outdoor autonomy for children: the development of two instruments. Journal of Environmental Psychology, v. 25, n. 4, v. 437-453, 2005. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2006.04.003. Acesso em: 8 de março 2019.

PREZZA, M.; PILLONI, S.; MORABITO, C.; SERSANTE, C.; ALPARONE, F. R.; GIULIANI, M. V. The influence of psychosocial and environmental factors on children's independent mobility and relationship to peer frequentation. Journal of Community & Applied Social Psychology, v. 11, n. 6, p. 435-450. 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1002/casp.643. Acesso em: 8 de março 2019.

SARGISSON, R. J.; MCLEAN, I. G. Children’s use of nature in New Zealand playgrounds. Children, Youth and Environments, v. 22, n. 2, p. 144-163. 2012. https://www.jstor.org/stable/10.7721/chilyoutenvi.22.2.0144. Acesso em: 8 de março 2019.

SCHÄFFER, S. D.; KISTEMANN, T. Reconceptualizing school design: learning environments for children and youth. Children, Youth and Environments, v. 22, n. 1, p. 270-279, 2012. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/10.7721/chilyoutenvi.22.1.0011. Acesso em: 8 de março de 2019.

SOORI, H.; BHOPAL, R. S. Parental permission for children’s independent outdoor activities. European Journal of Public Health, v. 12(2), 104-109, 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1093/eurpub/12.2.104. Acesso em: 8 de março 2019.

TAYLOR, A. F.; KUO, F. E.; SULLIVAN, W. C. Coping with AD: the surprising connection to green play settings. Environment & Behavior, v. 33, n. 1, p. 54-77, 2001. https://doi.org/10.1177/00139160121972864. Acesso em: 8 de março 2019.

TIMPERIO, A.; CRAWFORD, D.; TELFORD, A.; SALMON, J. Perceptions about the local neighborhood and walking and cycling among children. Preventive Medicine, v. 38, n. 1, p. 39-47. 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2003.09.026. Acesso em: 8 março de 2019.

ULRICH, R.S.; SIMONS, R. F.; LOSITO, B. D.; FIORITO, E.; MILES, M. A.; ZELSON, M. Stress recovery during exposure to natural and urban environments. Journal of Environmental Psychology, v. 11, n. 3, p. 201-230, 1991. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0272-4944(05)80184-7. Acesso em: 8 de março 2019.

UNITED NATIONS CHILDREN´S FUND (UNICEF). Situação mundial da infância 2012: crianças em um mundo urbano. Nova York: UNICEF. (2012). Disponível em: https://www.unicef.org/sowc2012/. Acesso em: 8 de março 2019.

VALENTINE, G.; MCKENDRICK, J. Children's outdoor play: exploring parental concerns about children's safety and the changing nature of childhood. Geoforum, v. 28, n. 2, p. 219-235, 1997. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0016-7185(97)00010-9. Acesso em: 8 de março 2019.

VAN DEN BERG, A. E.; KOOLE, S. L.; VEN DER WULP, N. Y. Environmental preference and restoration: (how) are they related? Journal of Environmental Psychology, v. 23, n. 2, p. 135-146, 2003. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/S0272-4944(02)00111-1. Acesso em: 8 março de 2019.

VEITCH, J.; BAGLEY, S.; BALL, K.; SALMON, J. Where do children usually play? A qualitative study of parents’ perceptions of influences on children’s active free-play. Health & Place, v. 12, n. 4, p. 383-393, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.healthplace.2005.02.009. Acesso em: 8 de março 2019.

Downloads

Publicado

2021-08-12

Edição

Seção

Artigos