Dom Pedro II: o Imperador tradutor
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4237.2012n11p227Resumo
Na primeira metade do século XIX a Europa era um caldeirão de revoluções, onde se confrontavam a nobreza absolutista e a burguesia liberal. As potências industriais europeias competiam entre si na formação de grandes impérios econômicos e na influência sobre os países dos outros continentes. Nesse período, o Brasil se consolidava como nação e dava início ao segundo império com Dom Pedro II, último imperador brasileiro. O governante Dom Pedro II também teve que lidar com as disputas entre liberais e conservadores; contudo, soube superá-las, unificou a nação e a inseriu internacionalmente com a exportação do café. Mas, além das tarefas típicas de um monarca, Dom Pedro II dedicou-se às letras e às artes, e em particular ao estudo de línguas e à tradução. Porque Dom Pedro II dedicou-se à tradução? Qual foi a motivação de Dom Pedro II para traduzir: foi pessoal, política ou de outra natureza? Quais as estratégias utilizadas, e quais os métodos e critérios adotados para fazer escolhas entre as opções tradutórias que se apresentavam? Enfim, quem era Dom Pedro tradutor? Esse é o objeto deste artigo, discorrer brevemente sobre essa faceta pouco conhecida de um dos personagens mais importantes da história do Brasil.
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