Crítica Genética e documentos obtidos no Instagram
estudo de caso a partir do perfil da artista Ana Elisa Egreja
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2021.e77417Resumo
Artistas brasileiros têm usado suas redes sociais digitais para compartilhar, além de imagens de seus trabalhos, muitas vezes, também, registros dos respectivos processos criativos. Posto que a Crítica Genética investiga as obras de arte a partir de sua gênese, através de documentos gerados durante e após seus processos criativos, o presente artigo aborda a possibilidade do crítico genético valer-se de imagens e textos compartilhados publicamente pelos próprios artistas em seus perfis na rede social Instagram, tratando-os como documentos passíveis de serem considerados dentro de metodologias próprias da Crítica Genética - entendida a partir dos estudos de Cecília Salles - e analisados com base na Fenomenologia e na Semiótica Geral de Charles S. Peirce - conforme revista por Lucia Santaella. Apresentam-se considerações sobre o perfil de Instagram de 20 pintores contemporâneos brasileiros e o estudo de caso mais aprofundado do perfil da pintora Ana Elisa Egreja, a partir do qual investiga-se o papel da fotografia no processo criativo da pintura Banheiro rosa com polvos.
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