Construções Imaginadas: a estética da intervenção digital
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2020v16n2p157Resumo
Este estudo tem como objetivo analisar o impacto da intervenção digital, tendo como corpus imagens de três filmes com construções criativas, de persuasão e sedução, criando ilusões virtuais: SimOne (Andrew Niccol, 2002),The App (Elisa Fukasa, 2019) e Her (Spike Jonze, 2013). O protagonista de The App é induzido a acreditar que está falando com alguém intrigante; o de Her, apesar de aceitar a virtualidade, deve admitir o fim de sua experiência digital. Em SimOne, a invenção da imagem da atriz convence espectadores, mas por tempo limitado. Apresento como relevantes os conceitos de Peter Weibel (2005) de “post-media computer possibilities”, que Lev Manovich (2001) denomina de “post-media aesthetics”, mas sugiro outra possibilidade, ao aplicar o conceito de “estética da hipervenção”, “hiper” embasado na hiper-realidade de Baudrillard e “venção” como invenção/intervenção digital. A metodologia de base adotada para a análise é a dialética de Hans-Georg Gadamer.
Palavras-chave:
Estética da Hipervenção. Hiper-realidade. Imagens Virtuais. Pós-mídia. Tecnologias Digitais
Referências
ARAUJO, Denize C. Imagens Revisitadas: ensaios sobre a estética da hipervenção. Porto Alegre: Editora Sulina, 2007.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacro e simulação. 1. ed. Lisboa: Relógio d´água, 1991.
BAUDRILLARD, Jean. Da sedução. 1. ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 1991a.
BAUDRILLARD, Jean. A Troca Impossível. Paris: Ed. Galilée, 1999.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1955.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987.
COUCHOT, Edmond. Da representação à simulação. In: PARENTE, André. Imagem Máquina. São Paulo: Ed. 34, 2001.
COUCHOT, Edmond; PARENTE, André. Imagem-máquina: a era das tecnologias do virtual. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996.
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método. Petrópolis: Ed. Vozes, 1997.
GRAU, Oliver. Arte visual: da ilusão à imersão. São Paulo: Ed. UNESP, 2007.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. São Paulo: Editora Papirus, 1990.
MCLUHAN, Marshall. Understanding Media: the extensions of man. New York: McGraw-Hill, 1964.
MANOVICH, Lev. A Interação como efeito estético. Lumina, Juiz de Fora, v. 1, n. 1, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/download/20988/11363. Acesso em: 20 abr. 2020.
MANOVICH, Lev. Novas mídias como tecnologia e ideia: dez definições. In: LEÃO, Lucia (org.). O chip e o caleidoscópio: reflexões sobre as novas mídias. São Paulo: Senac, 2005.
MANOVICH, Lev. The language of new media. Cambridge: The MIT Press, 2000.
MANOVICH, Lev. The language of new media. Cambridge: The MIT Press, 2001.
PARENTE, André. Ensaios sobre o cinema do simulacro. Rio de Janeiro: Ed. Pazulin, 1998.
TURCKE, Christoph. Filosofia do sonho. Rio Grande do Sul: Ijuí: Ed. Da Unijuí, 2010b.
WEIBEL, Peter. The World as Interface: toward the construction of context controlled event-worlds. In: DRUCKREY, Timothy (org.). Electronic Culture: technology and visual representation. New York: Aperture,1996.
WEIBEL, Peter. Teoria narrada: projeção múltipla e narração múltipla. In: LEÃO, Lúcia (org.). O chip e o caleidoscópio. São Paulo: Senac, 2003.
WEIBEL, Peter. The Post-Medial Condition. Arte ConTexto, n. 6, 2005.
WEIBEL, Peter. The Post Media Condition, 2012. Disponível em: https://www.metamute.org/editorial/lab/post-media-condition. Acesso em: 20 abr. 2020.
HER. Direção: Spike Jonze. Canada, 2013.
SIMONE. Direção: Andrew Niccol. Estados Unidos da América, 2002.
THE APP. Direção: Elisa Fukasa. Itália, 2019.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Denize Correa Araujo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- A licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional permite a cópia e a redistribuição do material em qualquer suporte ou formato, assim como adaptações, para quaisquer fins, inclusive comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.