De “Cavalo Dinheiro” a “Vitalina Varela”
a imagem-sonora
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2020v16n2p309Resumo
Resumo: Há toda uma série de coincidências e choques entre o passado e o presente em Cavalo Dinheiro (Pedro Costa, 2014) que emergem na forma de glossolalia, com vozes que transportam memórias de todo o lado, de todo o tempo. Em Vitalina Varela (Pedro Costa, 2019), aí é a voz de Vitalina (Vitalina é agora a pessoa e a ‘personagem’ do filme, uma cabo-verdiana que chega a Portugal dias depois do funeral do seu marido) que se imprime através do filme, e que lhe muda decisivamente o sentido quando conta uma história (uma longa história, como são sempre as histórias da experiência). Há uma diferença entre os seus sussurros em Cavalo Dinheiro e aqui, no filme que tem o seu nome.
É nossa intenção descrever estes filmes tirando consequências do conceito de “imagem-sonora” apresentado em A Imagem-Tempo, de Gilles Deleuze. É um conceito que tem em vista uma separação, uma disjunção, ou uma sobreposição estratigráfica entre ver, ou ouvir, e falar — “os exemplos mais completos da disjunção ver-falar podem ser encontrados no cinema” — que julgamos estar no centro da política e da estética de Pedro Costa.
Palavras-chave: Imagem-sonora. Forma humana. Forma política. Pedro Costa.
Referências
DELEUZE, Gilles. Cinéma 2. L’image-temps. Paris: Les Éditions de Minuit, 1985.
VITALINA Varela. Direção: Pedro Costa. Portugal, 2019.
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