Os porquês de Wanda Tinasky não ser Thomas Pynchon: um estudo de caso (II)
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2023.e93829Palavras-chave:
Thomas Pynchon, Wanda Tinasky, Neolo, Cartas, EstilometriaResumo
Neste trabalho voltamos a enfrentar o problema sobre a autoria das cartas da Wanda Tinasky. Estas que foram dadas como de autoria do ficcionista estadunidense Thomas R. Pynchon; tese que foi desmentida por Donald Foster (2000) baseada em evidências históricas. Em 2018, escrevemos um primeiro ensaio fazendo a mesma contestação de Foster, mas baseado em dados referentes a escolhas lexicais de cada escritor. Ou seja: a refutação por meios linguísticos. Neste trabalho, nós enfrentamos o problema de novo para ratificar o resultado de Foster e o do nosso trabalho anterior, mas desta vez optamos por analisar valores como comprimento de períodos, frequência de sinais ortográficos e, especialmente, a riqueza lexical de cada corpus. Consideramos que o resultado confirmou nossa hipótese e, por fim, acreditamos, restar provado linguisticamente que Pynchon não escreveu as cartas de Wanda Tinasky.
Referências
ANDERSON, B. The letters of Wanda Tinasky. San Francisco: Vers Libre Press, 1996.
BRANDÃO, S. C. S. Neolo. Disponível em: https://github.com/joshuacrogey/neolo. Acesso em: 22 jan. 2016.
BRANDÃO, S. Os porquês de Wanda Tinasky não ser Thomas Pynchon – um estudo de caso (I). Texto Digital, v. 14, n. 2, p. 145–155, 2018.
EDER, M. “Does size matter?”, Digital Scholarship in the Humanities, London, v. 30, n. 2, p. 167-182, 2015.
FOSTER, Donald. Author unknown: On the trail of anonymous. New York: Henry Holt and Company, LLC, 2000.
HALTEREN, H. et al. New Machine Learning Methods Demonstrate the existence of Human Stylome. Journal of Quantitative Linguistics, 2005. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09296170500055350. Acesso em: 22 jan. 2006.
HENDRIX, Jenny. Mistaken Identity. The Paris Review, 2012. Disponível em: https://www.theparisreview.org/blog/2012/01/24/mistaken-identity/. Acesso em: 10 jun. 2020.
HOLLANDER, Charles. Where is Wanda? The case of a bag lady and Thomas Pynchon, 1997. Disponível em: http://www.ottosell.de/pynchon/wanda. Acesso em: 3 mai. 2015.
PENG, R. and Nicolas HENGARTNER. Quantitative analysis of literary styles. The American Statistician, v. 56, n. 3, p. 175-185, 2001.
OLSSON, John. Forensic Linguistics: An introduction to Language, Crime and the Law. New York: Continuum International Publishing Group, 2008.
PENNEBAKER, J. W.; KING, L. A. Linguistic styles: Language use as an individual difference. Journal of Personality and Social Psychology, 1999. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/1999-15054-015. Acesso em: 7 fev. 2021.
PENNEBAKER, J. W. The secret life of pronouns: What our words say about us. Nova Iorque: Bloomsburry Press, 2011.
TORRUELLA, J.; R. CAPSADA. Lexical Statistics and Typological Structures: A Measure of Lexical Richness. Procedia, n. 95, p. 447-454, 2013.
TWEEDIE, Fionda; R. Harald BAAYEN. How Variable Can a Constant Be? Measures of Lexical Richness in Perspective. Computers and the Humanities, v. 32, n. 5, p. 323-352, 1998.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Saulo Brandão

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- A licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional permite a cópia e a redistribuição do material em qualquer suporte ou formato, assim como adaptações, para quaisquer fins, inclusive comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.