Materialidades do texto: um percurso histórico
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2015v11n1p263Abstract
Este artigo focalizará a questão da materialidade do texto e dos seus suportes, indissociável das suas condições de produção, transmissão e recepção. Para abordá-la, colocaremos em diálogo o pensamento de Jacques Rancière e de Roger Chartier. O primeiro parte do mito platônico do Fedro para fixar a dupla crítica que é feita à escrita: ser ao mesmo tempo muda e falante demais, e trata de uma nostalgia da presença, da letra órfã à procura de um pai, de um corpo em que encarnar. Chartier, por sua vez, confere ênfase às transformações das práticas de leitura no percurso do rolo ao códice e na mais recente revolução que consistiria no novo suporte representado pelas telas.
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