Reflexões sobre a rede social Instagram: do aplicativo à textualidade

Autores

  • Penha Élida Ghiotto Tuão Ramos UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
  • Analice de Oliveira Martins UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-9288.2018v14n2p117

Resumo

No ciberespaço, relações sociais e culturais são reorganizadas, reformulando contextos, entre os quais, encontra-se o artístico. Como exemplo, está a poesia, que, sob matizes da cibercultura, (des) territorializa-se no ambiente digital, tomando fluidez em redes sociais, como o Instagram. Surgem, assim, os instapoemas e seus respectivos instapoetas, garantindo circularidade à poesia por meio do compartilhamento nas redes. Tendo em vista esses aspectos, propõe-se uma reflexão sobre a rede social digital Instagram enquanto uma (macro) textualidade que pode ser vinculada ao processo de autoralidade. Para tanto, foram tomados como referência o Instagram dos poetas João Doederlein e Ryane Leão, bem como a hashtag #purpleart, amparando-se teoricamente em Lévy (1996), Koch (2000), Santaella (2014) e Maingueneau (2016), entre outros teóricos. Foi possível perceber que o Instagram engloba várias textualidades que, conjuntamente, constituem outra, maior, que se amplia para a manutenção da autoralidade, especialmente, dos instapoetas. Migrando para o ciberespaço, a poesia encontra seu nicho nos algoritmos e a arte suscita sua função humanizadora.

Biografia do Autor

Penha Élida Ghiotto Tuão Ramos, UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Doutoranda em Cognição e Linguagem

Analice de Oliveira Martins, UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense

Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem (UENF).
Doutora em Estudos de Literatura pela PUC-RIO, mestre em Literatura Comparada pela UFRJ, licenciada em Letras (Português-Francês) também pela UFRJ.
Áreas de interesse: Literatura Brasileira, Teoria da Literatura, Estudos Culturais, Linguagem e Novas Tecnologias da Comunicação.

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Publicado

2018-12-21

Edição

Seção

Artigos