A Distopia em Kentukis: fronteiras da conectividade humana na Era Digital
DOI :
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2024.e99782Mots-clés :
Kentukis, Distopia, Fronteiras, PrivacidadeRésumé
O artigo analisa o livro Kentukis (2021) de Samanta Schweblin, explorando a distopia, a interseção entre o real e o virtual, a ética da observação não autorizada e a autenticidade nas relações humanas, usando da análise de textos como Imagem Imperfeita: Pensamento Utópico para uma Época Antiutópica (2007) de Jacoby, Dadosfera (2021) de Beiguelman, Intermidialidade (2012) de Clüver, Midiatização (2014) de Hjarvard e O Estado dos textos (2019) de Villa-Forte. A estrutura fragmentada do livro, ao empregar uma narrativa envolvente e fragmentada, reflete as sinergias da sociedade em rede, questionando se os relatos distópicos são realmente distópicos ou se refletem o "real" contemporâneo, mergulha nas interações humanas em um mundo cada vez mais digital e interconectado, abordando questões existenciais, éticas e psicológicas que refletem as preocupações contemporâneas sobre a influência da tecnologia nas relações interpessoais. A obra também é vista como uma expressão da intertextualidade entre literatura e tecnologia, abordando a influência da tecnologia nas interações humanas. Schweblin utiliza uma escrita envolvente, influenciada pelo audiovisual, e explora os medos e inseguranças dos personagens, mantendo um alto nível de suspense e ambiguidade. A autora convida os leitores a refletirem sobre as implicações da conectividade humana na era digital, proporcionando uma experiência literária que ressoa além das páginas do livro.
Références
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