Poética digital onírica

colaboração e rememoração dos sonhos em rede

Autores

  • Andréa Catrópa

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-9288.2022.e83390

Resumo

Este artigo elabora considerações sobre o papel dos sonhos na vida humana que foram desencadeadas por uma experiência onírica vivenciada no início do período de isolamento social decorrente das medidas de prevenção contra o avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil. Diversas pesquisas acadêmicas, nesse período de exceção, reavivaram debates sobre a importância do sonhar, fato que foi percebido e abordado ao longo de épocas distintas e a partir de perspectivas diversas na História da humanidade. A reflexão sobre essa questão impulsionou, também, o processo criativo de um trabalho que alia os campos da literatura, da tecnologia e do design e que se intitula Oneirografia. Nele, é possível anotar as próprias memórias de um sonho (ou inventar um novo) e transformá-las em poemas visuais digitais, criados pela colaboração do interator com as ações propostas durante a experiência imersiva, e que podem ser guardados pelo sonhador ou por ele compartilhados.

Biografia do Autor

Andréa Catrópa

Professora na área de Teoria, História e Crítica do Design, no PPG-Design da Universidade Anhembi Morumbi. Realizou pesquisa de pós-doutorado (PPGDesign - UAM) voltada à investigação da literatura digital e suas interfaces com o design, a arte e a tecnologia. É Doutora (bolsista CNPq) e Mestre (bolsista Fapesp) em Teoria Literária pela FFLCH-USP. Na área de produção artística e cultural, recebeu duas vezes o prêmio Rumos, do Itaú Cultural: em 2004, na categoria Audioficções; e em 2007, na categoria Crítica Literária. Dirigiu e atuou como entrevistadora na série de vinte e quatro programas de rádio Ondas Literárias, premiada pela Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo (PAC), e que foi ao ar de março a agosto de 2008, pela Rádio Cultura Brasil. Como autora, foi contemplada pelo Edital de Publicação de Livros da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (2017) e pelo PROAC - Criação Literária (2012). Publicou o romance Homens adoram mulheres perfeitas (Editora Patuá: 2019), o livro de contos Sem Sistema (Editora Patuá: 2017) e o volume de poemas Mergulho às avessas (Lumme Editor: 2008), além de participar de diversas coletâneas nacionais e internacionais. Membro da Eletronic Literature Organization (ELO). Mantém uma página pessoal na qual podem ser lidos alguns de seus inéditos, bem como textos críticos e trabalhos em múltiplas mídias: www.andreacatropa.com

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Publicado

2022-05-02

Edição

v. 18 n. 1 (2022): As artes digitais e seu amplo campo

Seção

Artigos

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