Border Portuguese in Jaguarão (BR) and Rio Branco (UY): a survey of descriptive linguistic studies

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2024.e100456

Keywords:

Border Portuguese, Linguistic mapping, Language variation and change, Jaguarão (BR), Rio Branco (UY)

Abstract

The aim of this paper is to map linguistic studies on the varieties of Portuguese spoken in the cities of Jaguarão (Rio Grande do Sul, Brazil) and Rio Branco (Cerro Largo, Uruguay). We hypothesize that there are very few papers on linguistic data from this region, especially on Uruguayan Portuguese and comparative studies. The survey revealed the existence of papers on Portuguese spoken in Jaguarão (BR) or in Rio Branco (UY), with regards to their phonetic-phonological and morphosyntactic aspects. There are no investigations on morphology, semantics or pragmatics, nor investigations that compare both varieties. There are only two papers on diachrony, even though these localities have been populated since the end of the XVIII century. In the field of phonetics and phonology, prominence is given to the description of the vowel system while morphosyntax studies deal with personal pronouns. Studies on Rio Branco Portuguese reveal a complex and heterogeneous scenario in comparison with other Uruguayan Portuguese varieties. Furthermore, studies on perception, linguistic attitudes, linguistic landscape and language policies reveal the complexity of the linguistic activities developed by border inhabitants. These results corroborate project proposals that don’t regard the BR - UY border as an homogeneous object – such as the creation of a linguistic database with spoken data from Jaguarão and Rio Branco, with the purpose of registering and preserving Portuguese spoken as a first language by brazilians and as a heritage or contact language by uruguayans. Such project will be a privileged source for registering, studying and describing Portuguese.

References

ÁVILA, M. M., VIEIRA, M. J. B. O Alçamento da vogal média /e/ postônica final no português falado em Jaguarão. Apresentação de Trabalho/Comunicação no XXII Congresso de Iniciação Científica da Universidade Federal de Pelotas. 2014. Disponível em: https://cti.ufpel.edu.br/siepe/arquivos/2014/LA_02691.pdf. Acesso em 20 nov. 2024.

BEHARES, L. Portugués del Uruguay y educación fronteriza. In: BROVETTO, C.; GEYMONAT, J.; BRIAN, N. (Org.) Portugués del Uruguay y educación bilingüe. Montevideo: ANEP, 2007. p. 99-171.

BERLINCK, R.; DUARTE, M.; OLIVEIRA, M. Predicação. In: KATO, M.; NASCIMENTO, M. (orgs.). A construção da sentença. São Paulo: Contexto, 2015. p. 81-149.

BODOLAY, A. N. Análise prosódica de línguas em contato: questões totais no português e no espanhol falado na fronteira Brasil/Uruguai. Anais do III Colóquio Brasileiro de Prosódia da Fala, v. 1, p. 24-31, 2011. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/anais_coloquio/article/view/1199. Acesso em 20 nov. 2024.

BORGES, P. R. S. A gramaticalização de “a gente” no português brasileiro. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/4003. Acesso em 20 nov. 2024.

BORGES, P. R. S.; BRISOLARA, L. B. Banco de dados sociolinguísticos da fronteira e da campanha sul-rio-grandense – BDS PAMPA – um percurso histórico. Revista do GEL, v. 17, n. 2, 2020, p. 82-101. Disponível em: https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/2107. Acesso em 20 nov. 2024.

CARVALHO, A. M. Rumo a uma definição do português uruguaio. Revista Internacional de Lingüística Iberoamericana, v. 2, 2003, p. 125-150. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/41678174. Acesso em 20 nov. 2024.

CASTILHO, A. T. de. A gramaticalização. Estudos Linguísticos e Literários. Salvador, n. 19, p. 25-63, 1997.

CASTILHO, A. T. de. Políticas lingüísticas no Brasil: o caso do português brasileiro. Lexis, v. 25, n. 1 e 2, 2001, p. 271-297. Disponível em: https://revistas.pucp.edu.pe/index.php/lexis/article/view/4969. Acesso em 20 nov. 2024.

CASTILHO, A (coord.). História do português brasileiro. 11 vols. São Paulo: Contexto, 2018-22.

COUTO, H. H. Contato entre português e espanhol na fronteira Brasil-Uruguai. In: MELLO, H.; ALTENHOFEN, C. V.; RASO, T. (Org.). Contatos linguísticos no Brasil. 1ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011, p. 369-395.

CYRINO, S.; NUNES, J.; PAGOTTO, E. Complementação. In: KATO, M.; NASCIMENTO, M. (orgs.). A construção da sentença. São Paulo: Contexto, 2015. p. 37-80.

DUARTE, M. E. L.; RAMOS, J. Variação nas funções acusativa, dativa e reflexiva. In: MARTINS, M. A.; ABRAÇADO, J. (Org.). Mapeamento sociolinguístico do português brasileiro. 1ed. São Paulo: Contexto, 2015, p. 173-195.

ELIZAINCÍN, A.; BEHARES, L. E.; BARRIOS, G. Nos falemo Brasilero: Dialectos portugueses en Uruguay. Montevideo: Amesur, 1987.

FONSECA, M. C. L. Referências Culturais: base para novas políticas de patrimônio. In: O registro do patrimônio imaterial: dossiê final das atividades da comissão e do grupo de trabalho patrimônio imaterial. 2000. IPHAN.

GALVES, C.; KATO, M. A.; ROBERTS, I. Português brasileiro: uma segunda viagem diacrônica. Campinas: Editora da Unicamp, 2019.

GONÇALVES, D. P. O falar dos comerciantes brasileiros na fronteira de Jaguarão-Río Branco. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pelotas, 2013, 132 p. Disponível em: https://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/123456789/2173. Acesso em 20 nov. 2024.

GONÇALVES, D. P. Plurilinguismo na paisagem linguística da fronteira entre Brasil e Uruguai. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2021, 154 p. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/233742. Acesso em 20 nov. 2024.

GUMPERZ, John. Discourse strategies. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1982.

HALBWASCHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Ed. Centauro, 2006.

HENSEY, F. O sociolinguismo da fronteira sul. II Congresso da Associação de Linguística e Filologia da América Latina, 1969, p. 107-116.

LANDRY; R.; BOUHRIS, R. Linguistic landscape and ethnolinguistic vitality: an empirical study. Journal of Language and Social Psychology, v. 16, n. 1, 1997, p. 23-49. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0261927X970161002. Acesso em 20 nov. 2024.

LUZARDO, J. E. S. Análise da fricativa sibilante /s/ do português do Uruguai. Dissertação de Mestrado. Universidade Católica de Pelotas. 2008. 115p. Disponível em: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/67. Acesso em 20 nov. 2024.

MACNAMARA, J. How can one measure the extent of a person’s bilingual proficiency? In: KELLY, L. Descripition and measure of the bilingualism. Toronto: University of Toronto Press, 1969.

MADEIRA, M. “Eu te vou dizê” como é a colocação dos clíticos no português uruguaio. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Pampa, Jaguarão, 2018. 30 p. Disponível em: https://dspace.unipampa.edu.br//handle/riu/3554. Acesso em 20 nov. 2024.

MAZZAFERRO, G. T. Vogais médias postônicas do português: Um estudo de variação linguística no extremo sul do Brasil, Tese de Doutorado. Universidade Católica de Pelotas. 2018. 187p. Disponível em: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/727. Acesso em 20 nov. 2024.

MAZZAFERRO, G. T.; MATZENAUER, C. L. B. O comportamento das vogais postônicas finais na fronteira do Brasil com o Uruguai. Revista Linguística (Online), v. 35, p. 57-79, 2019. Disponível em: https://www.mundoalfal.org/ojs/index.php/Revista/article/view/7. Acesso em 20 nov. 2024.

MAZZAFERRO, G. T.; MATZENAUER, C. L. B. Vogais postônicas não finais: Variação linguística no português fronteiriço. In: Carmen Matzenauer; Dermeval da Hora. (Org.). Linguagem: Variação e estrutura da língua. 1. ed. Campinas - SP: Pontes Editores, 2021, v. 1, p. 38-70.

MEDEIROS, B. G. P. Análise da posição dos clíticos em atas da Câmara de Vereadores de Jaguarão do século XIX. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Pampa, Jaguarão, 2016. 28 p. Disponível em: https://dspace.unipampa.edu.br/handle/riu/2358. Acesso em 20 nov. 2024.

MUNIZ, S. C. “Nas casa sempre em brasilero”: o preenchimento de sujeitos e objetos pronominais no PU de Poblado Uruguay. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Pampa, Jaguarão, 2017. 77p. Disponível em: https://dspace.unipampa.edu.br//handle/riu/2369?locale=pt_BR. Acesso em 20 nov. 2024.

ROBERTS, I.; KATO, M. A. Português brasileiro: uma viagem diacrônica. Campinas: Editora da Unicamp, 1995.

RONA, J. P. La frontera lingüística entre el portugués y el español en el norte del Uruguay. Veritas, v. VIII, n. 2, p. 201-221, 1963.

RONA, J. P. El dialecto “fronterizo” del norte del Uruguay. Montevideo: Adolfo Linardi, 1965.

SANTANA, J. de A.; SIMIONI, L. A utilização do pronome me na fronteira sul do Brasil: estudo de caso da cidade de Jaguarão RS. RELACult – Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, v. 2, ed. especial, 2016, p. 654-664. Disponível em: https://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/326. Acesso em 20 nov. 2024.

SANTOS, A. de P. Vogais médias postônicas na fala do Estado do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Letras). Rio de Janeiro: UFRJ/ FL, 2010.

SIMIONI, L. A realização de sujeitos e objetos pronominais no português uruguaio. Fórum linguístico, v. 16, n. 1, 2019, p. 3601-3611. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/1984-8412.2019v16n1p3601. Acesso em 20 nov. 2024.

SIMIONI, L. Sujeitos pronominais no português uruguaio e no português brasileiro: sincronia e diacronia. In: BÉRTOLA, C.; OGGIANI, C.; POLAKOF; A. C. (Org.). Estudios de lengua y gramática. Montevideo: Universidad de la República, 2021, p. 119-129.

SILVA, T. C. F. da. Portunhol usado no gênero cardápio em estabelecimentos comerciais de Jaguarão/RS. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Pampa, Jaguarão, 2022. 22 p. Disponível em: https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/8996. Acesso em 20 nov. 2024.

SOUZA, H. D. L. As fronteiras internas do “portugués del norte del Uruguay”: entre a percepção dos falantes e as políticas linguísticas. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2016, 187 p. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/142915. Acesso em 20 nov. 2024.

SOUZA, K. G. de; CHAVES, L. da S.; SIMIONI, L. Sujeitos nulos no português de Poblado Uruguay. PAPIA, v. 28, n. 1, p. 7-24, 2018.

SOUZA, E. G.; DOMINGO, L. C. Desvendando el paisaje lingüístico de la frontera Jaguarão/Río Branco. In: DOMINGO, L. C. ¿Puede hablar el fronterizo? Notas sobre el paisaje lingüístico de la frontera Jaguarão/Río Branco. Bagé: Innova Media Comunicação e Serviços Empresariais, 2023, p. 12-25.

TARALLO, F. Diagnosticando uma gramática brasileira: o português d’aquém e d’além-mar ao final do século XIX. In: ROBERTS, I.; KATO, M. (Orgs.). Português brasileiro: uma viagem diacrônica – homenagem a Fernando Tarallo. 2. ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, p. 69-105. Coleção Repertórios, 1996.

TEIXEIRA, E. Patrimônio linguístico e cultural da fronteira: portunhol como patrimônio imaterial de Jaguarão. In: SANTOS, A. B.; MACHADO, J. P. Pesquisando e pensando o patrimônio: estudos de casos e problemas téoricos. 1. ed. Jaguarão: EdiCon, 2020, p. 38-52.

THUN, H. La geolingüística como lingüística variacional general (con ejemplos del Atlas lingüístico Diatópico y Diastrático del Uruguay). In: International Congress of romane Linguistics and Philology. Tübingen: Niemeyer, 1998, p. 701-729.

VANDRESEN, P. Os clíticos no português da fronteira gaúcha: Chuí, Jaguarão e Pelotas. Anais da XX Jornada GELNE. João Pessoa, 2004, p. 2083-2090.

VIEIRA, M. J. B. As vogais médias postônicas. Uma análise variacionista. In: BISOL, L.; BRESCANCINI, C. Fonologia e variação: recortes do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRSP, p. 127-159, 2002.

WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. I. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. Tradução de M. Bagno; rev. C. A. Faraco. São Paulo: Parábola Editorial, 2006 [1968].

Published

2024-12-20