O livro didático de línguas estrangeira sob as lentes dos novos estudos de letramento

Autores

  • Maria Helena Fávaro

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2012v13n1p61

Resumo

Esta pesquisa qualitativa, de cunho interpretativista, tem por objetivo discutir a relação entre os modelos de letramento autônomo e letramento ideológico e o uso de livro didático nas aulas de língua inglesa nas escolas públicas brasileiras. Apresentamos primeiramente os modelos ideológico e autônomo de letramento, a partir de Street (1984; 2003; 2010). Em seguida, discutimos o caráter hegemônico e universalizante característico da maioria dos livros didáticos de língua estrangeira produzidos nos países do centro. Por fim, problematizamos estas questões, relacionando-as com o contexto brasileiro de ensino de língua inglesa, argumentando a favor de um ensino sensível às práticas letradas dos alunos, buscando compreender o contexto sócio cultural em que estes alunos estão inseridos. Destacamos também a importância da avaliação do livro didático de língua estrangeira, de forma que professor e alunos tenham autonomia para fazer uso desse material, sem serem subordinados a ele. Concluímos atestando a adequação do modelo ideológico aos contextos de ensino-aprendizagem de língua estrangeira, para que este se constitua de forma significativa para os aprendentes. Defendemos também que o livro didático é um importante recurso do qual o professor pode dispor em suas aulas de LE, salientando, no entanto, que o educador deve ter criticidade ao efetivar o trabalho com base nesse suporte textual, estando atento a sua ideologia e à (in) utilidade dos conteúdos.

 

 

Downloads

Publicado

2012-09-17

Edição

Seção

Artigos