A língua pomerana em percurso histórico brasileiro: uma variedade (neo)autóctone

Autores

  • Monica Maria Guimarães Savedra Universidade Federal Fluminense
  • Leticia Mazzelli Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2017v18n1p6

Resumo

Este trabalho tem por objetivo propor o estudo da língua pomerana falada no Espírito Santo como uma variedade (neo)autóctone brasileira, a partir da sua vitalidade linguística e do seu uso contínuo durante o longo período de tempo na região. A discussão se desenvolve a partir das perspectivas histórica e linguística, relacionando conceitos referentes à língua de imigração, territorialidade e autoctonia. Partimos dos estudos de Tacke (2015) e Zenker (2011) para propor o reconhecimento da autoctonia desta língua de imigração e delimitamos o estudo ao Município de Santa Maria de Jetibá, reconhecido como o mais pomerano do Estado. Inicialmente apresentamos uma ambientação sócio-histórica do Brasil à época da imigração e em seguida discorremos sobre o uso atual da língua pomerana no locus selecionado para o estudo. Finalmente, com base no suporte teórico selecionado, propomos a definição de língua (neo)autóctone brasileira para a variedade pomerana em questão.

Biografia do Autor

Monica Maria Guimarães Savedra, Universidade Federal Fluminense

Possui Bacharelado e Licenciatura em Português e Alemão pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1977), Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1988) e Doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994). Realizou pesquisa de pós-doutorado na Universität Duisburg-Essen (2004). Atualmente é professora da Universidade Federal Fluminense - UFF, onde desenvolve pesquisas e orienta na área de sociolinguística, com ênfase na área de contato linguístico, com especial atenção para línguas de imigrantes no Brasil, no âmbito da temática de bilinguismo/bilingualidade, pluricentrismo, plurilingusmo e estudos transculturais. Foi professora adjunta da Uerj durante 25 anos (1978-2003) e da PUC-Rio durante 19 anos (1990-2009). Atuou em ambas universidades na área de ensino de alemão como língua estrangeira - Deutsch als Fremdsprache (DaF) -, orientando vários trabalhos em nível de graduação e pós-graduação. Foi coordenadora do GT de Sociolinguística da ANPOLL de 2006 a 2010. Coordenou um projeto PROBRAL com a Universität Duisburg-Essen no biênio 2006-2007. Atualmente coordena um PROBRAL II em parceria com a Europa Universität Viadrina. Também é cientista do nosso estado pela Fundação Carlos Chagas de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.

Leticia Mazzelli, Universidade Federal Fluminense

Graduada em Letras Português e Literaturas pela Universidade Federal do Espírito Santo (2010), pós-graduada em Ensino de Língua Inglesa e Novas Tecnologias pela Universidade Gama Filho (2013), graduada em Letras Português-Alemão pela Universidade Federal Fluminense (2016). Atualmente, mestranda no PPG de  Estudos de Linguagem na Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

2017-09-18