Análises contrastivas: estabilidade, variedade ou metodologia?

Autores

  • Raquel Meister Ko Freitag Universidade Federal de Sergipe
  • Cláudia Andrea Rost Snichelotto Universidade Federal da Fronteira Sul

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2015v16n1p157

Resumo

Resultados de estudos sociolinguísticos em amostras sincrônicas como a do banco de dados do VARSUL têm trazido contribuições para a descrição do português brasileiro. A amostra oral de Florianópolis, especificamente, tem subsidiado estudos de fenômenos variáveis, que, contrastados a outras variedades, sugere indícios de variação diatópica. As evidências podem sinalizar para três explicações: (1) reiterar que o rumo da investigação deve ser em direção ao que é igual, não ao diferente, dado que há muito mais estabilidade do que instabilidade no sistema do português brasileiro; (2) corroborar a crença de que no Brasil todos falam português, mas existe julgamento de pertença ou de diferença, que é indiciado pela distribuição de frequências; e (3) demonstrar que as escolhas metodológicas da constituição das amostras orais devem ser pautadas em critérios visando à confiabilidade e à intersubjetividade das análises (BAILEY; TILLERY, 2004), de modo a possibilitar a generalização de resultados. Comparamos resultados de dois fenômenos variáveis no português que foram estudados na amostra do VARSUL de Florianópolis – a expressão da primeira pessoa do plural e a do passado imperfectivo –, com outras variedades, para identificar aspectos metodológicos que permeiam as análises e que devem ser considerados em novas coletas para constituição e ampliação de bancos de dados sociolinguísticos.

Biografia do Autor

Raquel Meister Ko Freitag, Universidade Federal de Sergipe

Professora da Universidade Federal do Sergipe

Cláudia Andrea Rost Snichelotto, Universidade Federal da Fronteira Sul

Professora da Universidade Federal da Fronteira Sul

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Publicado

2015-09-20